Há alguns séculos, estudiosos tentam decifrar os enigmas da psique humana. Para a Psicanálise de Freud por exemplo, a psique é complexa, seja pela divisão das suas instâncias em:
- consciente;
- pré-consciente;
- e inconsciente,
ou seja pela subdivisão do inconsciente em:
- id;
- ego;
- e superego.
Além disso, há ainda as fases do desenvolvimento psicossexual, as quais passam do nascimento até a fase adulta, ou ainda pelo estudo dos mecanismos de defesa do ser. Portanto, vale lembrar que diversos estudos tentaram e tentam explicar essa questão de uma maneira mais eficaz para a sociedade e para o indivíduo.
Afinal, o funcionamento desta parte é muito importante para o ser, seja no contexto do seu mundo interior ou no contexto do seu mundo exterior.
O desenvolvimento e a divisão da psique humana
Muitos sabem que e na infância que se desenvolve a psique humana. Isso porque, ela sofre influência da família na formação da personalidade e também a ação do complexo de Édipo na estruturação da mente.
Neste período, as emoções e desejos reprimidos e censurados ficam guardadas no inconsciente humano, assim como as pulsões que não são tão acessíveis à consciência. Assim, elas afetam o comportamento e os sentimentos deste ser.
Já com relação às estruturas da psique humana, elas são divididas em três grandes partes:
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Psicose – que se subdivide em esquizofrenia, autismo e paranoia
O psicótico encontraria fora de si tudo que exclui de dentro. Nesse sentido, ele bota para fora os elementos que podem ser internos. O problema para essa pessoa está sempre no outro, no externo, mas nunca em si.
Outra característica da psicose é que, diferente do que acontece com indivíduos com outras estruturas mentais, a própria pessoa revela, ainda que de forma distorcida, os seus sintomas e distúrbios.
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Neurose – que se divide em neurose obsessiva e histeria
O motivo do problema é mantido em segredo. E não só para os outros, mas para o próprio indivíduo que sente. O neurótico guarda dentro de si o problema externo. E é disso que se trata o recalque ou repressão.
Portanto, para que alguns conteúdos fiquem dessa forma, a neurose provoca na pessoa uma cisão da psique. Tudo o que é doloroso é recaldado e permanece obscuro, causando sofrimentos que a pessoa mal pode identificar, apenas sentir. Assim, por não poder identificá-los a pessoa passa a reclamar de outras coisas, de sintomas que sente (e não da causa).
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Perversão – o mecanismo de defesa específico da perversão é a denegação.
Freud coloca que muitos indivíduos que faziam análise com ele apresentavam fetiches como algo que os traria apenas prazer, algo até mesmo louvável. Essas pessoas nunca o procuravam para falar desse fetiche, ele aparecia apenas como uma descoberta subsidiária. E é dessa forma que se dá a denegação: a recusa em reconhecer um fato, um problema, um sintoma, uma dor.
E é bem na formação na infância baseada no complexo de Édipo, masculino e/ou feminino, que determina em qual estrutura psíquica a pessoa se encaixa. Sendo definida esta estrutura, não há mudanças ao longo da sua vida.
Minimizando os efeitos dos problemas da psique humana
Partindo deste contexto, é possível concluir que todos os seres possuem problemas na mente. A depender do grau deles e da quantidade de sofrimento causado pelos mesmos, é possível fazer sua classificação como patológicos ou não. Sendo assim, quanto maior o grau, maior seriam os sofrimentos e maiores os sintomas. Portanto, tudo isso levaria o ser a procurar um profissional que trata destes sintomas.
Focando neste campo e na tentativa de solucionar ou diminuir os efeitos destas estruturas da mente, a medicina evoluiu e desenvolveu diversas teorias e técnicas no campo neurológico. Dentre estas teorias se tem a Teoria da Personalidade ou a conhecida Psicanálise.
A psicanálise é um ramo que utiliza, de forma clínica, o conhecimento que vem da psicologia. Logo, ela é um campo clínico de investigação teórica da psique humana. Além de investigar o campo da mente, ela também investiga as funções intelectuais e emocionais do homem.
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O renomado precursor da Psicanálise
O primeiro a abordar este novo ramo foi Sigmund Freud, pai da psicanálise e o responsável pela formulação teórica desta nova forma de tratar a histeria. Seu método de tratamento consiste em:
- associações livres de ideias;
- interpretação dos sonhos;
- análise dos atos falhos do analisado;
- relação impessoal entre o psicanalista e o analisado.
No começo da psicanálise, Freud buscou descobrir um tratamento efetivo para os pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos.
Para tal, Freud se aliou a Charcot, adotando a sua técnica de hipnose, ou seja, a sugestão hipnótica, nos seus tratamentos clínicos. E também, a Josef Breuer, com o qual concluiu que o gatilho que acionava a histeria também poderia ser de origem psicológica. Além disso, ele buscou descobrir o que os pacientes não se lembravam deste evento.
O desaparecimento de sintomas dos problemas das psique humana
Logo, essa descoberta influenciou Freud com relação ao estudo do inconsciente. Portanto, a alteração do estado de consciência, a investigação entre as conexões, as condutas do paciente e a inter-regulação com o sintoma apresentado, aliados a sugestão do médico, iria possibilitar algumas coisas.
Como consequência de Charcot e Breuer, Freud adotou um novo tratamento para a neurose associado à hipnose para facilitar o acesso às lembranças que causam traumas. É possível saber da liberação de afetos e emoções ligadas aos acontecimentos e traumas do passado por meio de memórias das cenas vivenciadas. Portanto, iso fazia o sintoma desaparecer.
Conclusão
Com a evolução dos estudos, as sessões psicanalíticas se tornaram menos rígidas, pontos a favor do conhecimento da psique humana.
Vale lembrar que a psicanálise é um ofício reconhecido pelo Ministério do Trabalho e por outros poderes públicos. Entre eles estão o Ministério Público Federal e o Ministério da Saúde. Os avanços continuam e as mudanças vão surgir ao longo dos anos.
Porém, o foco principal foi, é, e será o mesmo: explicar de forma objetiva o como funciona a mente humana. Sendo assim, é possível construir um ser mais equilibrado e uma melhor qualidade de vida, a nível individual e coletivo. Portanto, conheça mais sobre nosso curso.
Autora: Tharcilla Matos para o blog do Curso de Psicanálise.
4 thoughts on “Psique Humana: funcionamento segundo Freud”
A publicação dos textos e a divulgação das idéias, é muito importante.
Olá, João. De fato, o estudo da psique humana é encantador e infindável. Obrigado por sua mensagem e por continuar seguindo nossas postagens. Equipe Psicanálise Clínica.
Excelente artigo. Parabéns!
O MOMENTO QUE VIVEMOS QUANTO MAIS NOS CONHECERMOS MENTALMENTE , MAS PODEREMOS NOS PAUTAR – NOS RM UM EQUILIBLIO SAUDÁVEL, TEREMOS UMA QUALIDADE DE VIDA MELHOR.