Salvador Dalí

Salvador Dalí: vida, melhores obras e sua psicologia

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Para muitas pessoas, Salvador Dalí é um dos maiores nomes da história da arte do século XX. O mestre do surrealismo sempre se propôs a criar obras que desafiassem a realidade comum. Hoje nós conheceremos um pouco da sua vida, sua psicologia e as melhores obras.

Sobre Salvador Dalí

Segundo apreciadores da arte, Salvador Dalí foi um artista excêntrico sob muitos aspectos. Ele garantiu esse título tanto por sua vida pessoal quanto por sua carreira artística de referência no século XX.

Salvador se dedicou a criação de obras surrealistas capazes de nos enganar com ilusões, hologramas e truques de perspectiva. Como um pintor renomado, ele criou telas inovadoras para o seu tempo que são famosas até hoje.

Entretanto, Dalí não se limitou à pintura, visto que também era escritor, trabalhou em alguns filmes e produziu joias. Até o seu bigode se tornou famoso, uma marca registrada que influencia na cultura pop atual. Por exemplo, as máscaras dos personagens da série “La Casa da Papel” tem o rosto do pintor.

A vida de Salvador Dalí

Salvador Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em Girona, província espanhola, em 11 de maio de 1904. De acordo com a sua autobiografia, Dalí pensava que era uma reencarnação do seu irmão de mesmo nome. Autores afirmam que a infância dele foi marcada por comportamentos perturbadores, algo a que o artista fez referência em algumas obras.

À medida em que crescia, Salvador aprendeu a falar francês e logo se matriculou em uma escola de arte. Quando Dalí completou 25 anos conheceu Helena Ivanovna Diakonova que no futuro seria a sua companheira da vida. Após 5 anos, eles se casaram no civil e só 24 anos depois no religioso. Porém, Dalí sempre a representou em quadros místicos e românticos.

Depois que o castelo em Girona onde eles moravam, o Púbol, sofreu um incêndio, se mudaram para Torre Galatea. Eles viveram lá até 1989, ano em que Dalí morreu de insuficiência cardíaca. O pintor foi enterrado em uma cripta sob o Teatro-Museu Dalí.

Primeiros passos

A princípio, o artista Dalí se aproximou das artes por causa do Impressionismo, em especial pelo pintor Ramon Pichot. Contudo, o pai de Dalí ordenou que o filho estudasse artes para ele seguir a profissão de pintor. Assim, Salvador é matriculado na Escola de belas Artes de Madri no ano de 1920.

Enquanto Dalí estava na escola ele aproveitou o período para explorar diversos estilos de arte. Por exemplo, ele pintou o Realismo comum e também o cubismo. Ele sempre admirou os pintores italianos Rafael e Michelangelo.

Tempos depois, já no período universitário, ele encontra outros intelectuais e artistas, por exemplo o cineasta Luis Buñuel. Além disso, Dalí ficou próximo do arquiteto Le Corbusier, o poeta Federico García Lorca, o compositor Ígor Stravinsky e o cientista Albert Einstein. Por fim, Salvador foi expulso da universidade, pois se recusou a fazer as provas da universidade.

Primeira exibição, surge o Surrealismo e características

A primeira exibição que Salvador Dalí fez aconteceu na Sociedade de Artistas Ibéricos, em Madri, no ano de 1925. Em seguida, ele fez outras apresentações, passando pelas cidades de Barcelona e Paris. É possível afirmar que Dalí, já nessa época, começou a desenvolver os seus traços do Surrealismo.

À medida que evolui como artista, Salvador Dalí demonstrou características únicas em seus trabalhos, como:

  1. Criação de imagens bizarras e de conteúdo fantasioso.
  2. Criação do método crítico-paranoico que, em suma, consiste em Dalí invocar um estado de paranoia para pintar.
  3. Ele tinha uma criatividade excêntrica, sabendo como combinar momentos surreais e pouco convencionais.
  4. Inovador, visto que Dalí desenvolveu formas de usar o inconsciente e a sua mente para criar arte.

O encontro de Dalí e Freud

Salvador Dalí conheceu Freud por meio do livro “A interpretação dos sonhos” e é possível afirmar que, após conhecer as ideias de Freud, Dalí iniciou uma nova fase artística. Como resultado, ele desenvolveu o método crítico-paranoico com o objetivo de encontrar informações guardadas no seu subconsciente.

Enquanto Salvador lia as teorias freudianas ele pintava as imagens que via em seus sonhos. Ademais, Dalí sempre inventava termos para definir os conceitos psicanalíticos em seu trabalho, como o “complexo de dióscuros” que chamou de “fenixlogia”. Segundo Dalí, “fenixlogia” é um processo onde um irmão morre para tornar o outro imortal.

Ao passo que Dalí se aprofundava na Psicanálise, ele procurava por uma explicação para as obsessões que tinha. Portanto, o trabalho artístico dele serviu para o pintor analisar os seus conflitos pessoais assim como as escolas psicanalíticas fazem. Dessa forma, ele criou um mundo fantasioso para ser refletido no seu trabalho artístico.

Realidades paralelas

Na mente de Salvador Dalí, os fetiches e símbolos existiam em abundância. Por causa da forma que Dalí pensava, muitos desses objetos parecem ser peças impossíveis de serem retratadas. Contudo, nem sempre os especialistas conseguem chegar a um consenso em relação a algumas interpretações da sua obra.

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    Dalí usava figuras recorrentes no seu trabalho, como:

    1. Borboletas, que significam a transformação.
    2. Crânios, que significam a vida passageira.
    3. Gavetas, que significam os segredos da mente abertos pela Psicanálise.
    4. Lagosta, que significa uma fonte de fobias do pintor.
    5. Moscas, que significam o medo.
    6. Muleta, que significa mágica, mistério e autoridade.
    7. Olhos, que significam que há observadores.
    8. Relógios derretidos, que significam o tempo e a sua irrelevância.

    As melhores obras de Salvador Dalí

    A seguir você confere uma lista com as melhores obras de Salvador Dalí:

    1. A Cesta do Pão
    2. A Descoberta da América por Cristóvão Colombo
    3. A Face da Guerra
    4. A Persistência da Memória
    5. A Tentação de Santo Antônio
    6. A Velhice de Guilherme Tell
    7. Basket of Bread e Girl from Figueres
    8. Cabaret Scene e Night Walking Dreams
    9. Canibalismo de Outono
    10. Composition With Three Figures e Than Blood
    11. Construção Mole com Feijões Cozidos
    12. Cristo de São João da Cruz
    13. Crucificação (“Corpus Hypercubus”)
    14. España 1938
    15. Gala Com Duas Costeletas de Carneiro em Equilíbrio Sobre o Seu Ombro
    16. Gala Contemplando o Mar
    17. Galarina e Sonho Causado Pelo Voo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de Acordar
    18. Girafa em Chamas
    19. La Toile Daligram
    20. Large Harlequin and Small Bottle of Rum
    21. Leda Atômica
    22. Madona de Portlligat
    23. Metamorfose de Narciso
    24. Natureza-Morta Viva
    25. O Espectro do Sex Appeal
    26. O Grande Masturbador
    27. O Nascimento dos Desejos Líquidos
    28. Os Primeiros Dias da Primavera
    29. Pão-antropomorfo catalão
    30. Poesia das Américas
    31. Rosa Meditativa
    32. The Swallow’s Tail
    33. Toureiro Alucinógeno

    Considerações finais Salvador Dalí

    Salvador Dalí foi um gênio artístico que desafiou a lógica do ser humano. Em suas obras ele sempre se propôs a enxergar o que não era óbvio e convidar o público a fazer o mesmo. Com a sua estranheza artística e excentricidade, Dalí inspirou milhares de artistas a repensarem o que eles entendem como realidade.

    Tanto em suas obras quanto em seus filmes, Salvador tem uma assinatura artística única. Assim, ele é, sem dúvida, um dos maiores gênios artísticos que nós já conhecemos.

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