utopia e distopia

Utopia e distopia: significado em psicologia e filosofia

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Muito se ouve falar sobre utopia e distopia. Porém, você realmente sabe o que significa cada um desses termos?

Utopia e distopia são dois conceitos que se referem a sociedades imaginárias. A utopia é uma sociedade perfeita, idealizada, enquanto a distopia é uma sociedade corrupta, opressiva e indesejável.

As duas palavras possuem sentidos bastante diferentes, então confira agora mesmo no post o que cada uma significa!

O que são utopia e distopia?

As principais diferenças entre utopia e distopia se dão pela forma como cada uma prevê o futuro. Afinal, o ser humano sempre tentou fazer previsões de como seria a humanidade e a configuração da sociedade daqui a alguns anos. Logo, essa experiência de projetar o futuro é algo muito comum na nossa história.

O termo utopia se relaciona a uma ideia de sociedade muito diferente da que conhecemos, e que seria melhor em vários aspectos. O desenvolvimento dessa palavra se deu no século XVI, após a publicação do livro do pensador inglês Thomas More, “A Utopia”.

Então, para entender melhor sobre essa expressão, vamos entender o contexto do momento da sua criação.

Utopia

Naquele período, os europeus estavam no processo de descobrimento de novos continentes, como o da América e da Oceania. Aliás, eles estavam fascinados com essas terras fantásticas e previam um bom futuro.

Na obra de More, um viajante visita a ilha de Utopia. Nessa narrativa, o local era um ambiente em que não existe propriedade privada, luxos excessivos ou diferenças sociais. Portanto, trata-se de um lugar que há um bem-estar entre todos os seres humanos.

Essa ideia de More, de desenvolver uma sociedade igualitária, tem como base a linha de pensamento do Platão. Na obra “A República”, o filósofo grego reflete sobre uma cidade que cuja fundação se dá sobre os valores da justiça e do bem.

Saiba mais…

Após o livro de More, o termo utopia teve amplo uso em várias narrativas literárias, sempre para designar sociedades perfeitas.

Além disso, o termo também aparece como pensamento filosófico ou no âmbito da política para indicar ideologias ou projetos com alto grau de idealização.

Distopia

Por outro lado, a palavra distopia foi apresentada pela primeira vez pelo filósofo John Stuart Mill em 1868. Ele usou o termo num discurso no Parlamento para indicar algo que é o oposto da utopia.

No século XX, o período foi marcado por mudanças aceleradas com o advento de novas tecnologias e descobertas científicas. Contudo, também foi um momento conturbado, com duas guerras mundiais e regimes bastante totalitários e violentos

Por conta disso, diversas obras literárias como a ficção científica se tornam muito populares nesse período. Os autores voltaram seus olhares para as consequências de tudo isso na vida cotidiana.

Utopia e distopia: saiba mais…

Devido a essas incertezas do futuro, a distopia destaca os efeitos negativos tanto do avanço da tecnologia quanto de regimes totalitários. De modo geral, o pessimismo é o principal tom dessas narrativas, que apresenta um mundo sombrio e do qual ninguém gostaria de viver.

Então, a distopia e utopia são projeções que temos sobre o futuro. Contudo, um pensa de forma negativa e outro tem uma linha de pensamento de maneira positiva.

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    Utópico e distópico: obras literárias

    Uma forma de entender melhor os termos são as obras literárias produzidas ao longo dos anos. Então, vamos conferir cada um deles nos próximos tópicos.

    Livros sobre utopia

    1 – Horizonte Perdido (1933), de James Hilton

    A primeira obra utópica que trazemos aqui é o “Horizonte Perdido” escrito por James Hilton. O livro mistura aventura e espiritualidade e conta a história de um grupo de pessoas que estão fugindo da guerra. Contudo, um dia eles são sequestrados e mantidos em uma distante montanha do Tibete, que é chamada de Shangri-lá.

    2 – O Fim da Infância (1953), de Arthur C. Clark

    A terceira obra distópica que está na nossa lista foi escrita por Arthur C. Clark, autor de “2001: Uma Odisséia no Espaço”. “O Fim da Infância” conta a história de uma invasão alienígena que ocorreu de forma pacífica na Terra.

    Com isso, a sociedade passa a ser governada por esses misteriosos invasores. Nesse contexto, o planeta vive um período de paz e prosperidade.

    3 – A Ilha (1962), de Aldous Huxley

    O último livro escrito por Aldous Huxley, “A Ilha”, tem como enredo uma ilha fictícia em que as pessoas vivem de maneira isolada do mundo. Aliás, elas são controladas por uma seita que é formada por religiões orientais e tem a ciência como uma base importante. As pessoas possuem uma existência feliz e vivem de forma integrada com a natureza.

    4 – White Mars (1999), de Brian Aldiss

    Por fim, “White Mars” é um clássico da ficção científica de Brian Aldiss que apresenta uma colonização de Marte, em um futuro não muito distante. As pessoas que são visionárias tentam impedir que os interesses dos poderosos acabem transformando Marte em um ambiente de destruição como o que ocorreu no Planeta Terra.

    Utopia e distopia: livros sobre distopia

    1 – 1984 (1949), de George Orwell

    “1984”, último livro de George Orwell, é um dos romances mais importantes do século XX. A obra conta a história de Winston, um homem que vive aprisionado em uma sociedade dominada pelo Estado. Além disso, é constantemente vigiado pelo Partido e pelo líder Grande Irmão.

    O interesse do Partido é o poder, por isso reprime qualquer tipo de liberdade de expressão. Winston tem como finalidade nessa sociedade falsificar registros históricos do governo, contudo ele não está feliz com essa realidade.

    2 – Fahrenheit 451 (1953), de Ray Bradbury

    Outro grande clássico distópico é “Fahrenheit 451”, escrito por Ray Bradbury após o fim da Segunda Guerra Mundial. O livro condena a opressão anti-intelectual que ocorreu pelos nazistas e o autoritarismo do mundo pós-guerra.

    A obra mostra um governo totalitário, que proíbe qualquer tipo de leitura para que as pessoas não se rebelem. Nessa realidade, um bombeiro que trabalha queimando livros, Guy Montag, se encontra insatisfeito com esse contexto e, por isso, tenta mudar a realidade.

    3 – Conto da Aia (1985), de Margaret Atwood

    Essa obra de Margaret Atwood ficou mais famosa ainda após a série com o mesmo nome lançada em 2016. A história ocorre em Gileade, que é um Estado totalmente teocrático e totalitário, no então extinto país Estados Unidos.

    Esse novo governo tem o objetivo de “restaurar a ordem”, por isso, as mulheres não possuem direitos e são divididas em categorias:

    • esposas;
    • marthas;
    • salvadoras;
    • aias.

    Aliás, são as aias as protagonistas desse romance, elas têm a única função de procriar. Entre elas, conhecemos a June, nomeada como Offred, que é afastada de seu marido e de sua filha para servir a um comandante.

    4 – Admirável Mundo Novo (1932), de Aldous Huxley

    Para terminar a nossa lista, falaremos desta obra clássica de Aldous Huxley. “Admirável Mundo Novo” tem como contexto a cidade de Londres de 2540.

    A história antecipa os desenvolvimentos que ocorreram na área tecnológica e científica da época, em especial, nos âmbitos da reprodução, manipulação psicológica e condicionamento clássico.

    Aliás, quando tudo isso se combinar, essa evolução irá transformar radicalmente a sociedade que conhecemos.

    Considerações finais sobre utopia e distopia

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    2 thoughts on “Utopia e distopia: significado em psicologia e filosofia

    1. Mizael Carvalho disse:

      Parabéns! O artigo foi bem elaborado e os exemplos citados em relação a Utopia e Distopia, através das indicações dos livros foi muito bom.

    2. É sempre sobre o positivo ou negativo de coisas, pessoas e da sociedade. Interessante

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