viver de aparência

Viver de aparência: o que é, como a Psicologia explica?

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Você já foi acusado de viver de aparência ou já acusou alguém de fazer isso? Esse hábito envolve alguns problemas que a psicologia compreende e, neste artigo, nós explicamos quais são. Assim sendo, confira nossa reflexão!

Como você define uma pessoa que se esforça para viver de aparência?

Todo mundo já conheceu alguém que só sabe viver de aparência.

De modo geral, as pessoas que fazem isso se comportam com dois objetivos em mente: mascarar a realidade que elas têm ou projetar na própria vida uma realidade que elas gostariam de ter.

No entanto, de todo modo, agindo com um objetivo ou o outro, esse é um hábito extremamente prejudicial. 

O que acontece?

Quando fugimos da realidade que de fato temos, nos isentamos da necessidade de enfrentar a dureza da realidade para atuarmos sobre ela efetivamente. Assim, nunca saímos da realidade atual, apesar de mostrarmos uma vida diferente para os outros.

Porém, por outro lado, quem vive a vida que gostaria de ter costuma ter grandes problemas financeiros porque há uma tentativa frustrada de adiantar os frutos de um plantio que nunca aconteceu ou que ainda está em curso. 

Dessa forma, essas pessoas colhem frutos que nunca plantaram, o que fica insustentável em algum momento. 

4 explicações da psicologia para características de quem escolhe viver de aparência

Falamos mais acima de duas tendências que observamos com frequência nas pessoas que escolhem viver de aparência: mascarar a realidade atual ou adiantar uma realidade que se deseja ter. 

As duas alternativas são mecanismos de defesa contra a realidade que de fato se tem. 

Assim, ao não terem coragem para enfrentar o que de fato existe e pensar em alternativas efetivas de mudança, as pessoas se frustram e acabam com problemas financeiros.

Nesse contexto, escolhemos discutir como a psicologia comenta 4 diferentes problemas com relação às pessoas que vivem tentando mostrar que vivem uma vida que elas não têm.

1 – Superficialidade

A superficialidade é a característica do que não é profundo. Portanto, observamos comumente esse traço de personalidade em pessoas que gostam de mostrar que vivem uma vida que não condiz com a realidade.

Primeiramente, quem mascara a profundidade da vida real deixa de entender as próprias circunstâncias. Dessa forma, essas pessoas ignoram o trabalho duro a ser feito para mudar o modo como as coisas estão, trazendo a atenção para outros aspectos da sua realidade.

Quando escolhemos lidar superficialmente com pessoas de nossa família para não lidarmos com seus defeitos, estamos mascarando uma realidade, por exemplo.

Ademais, o mesmo se dá na vida de quem busca vivenciar o que não pode, como pessoas viciadas em gastar dinheiro que elas não têm. 

Palavras da psicologia

Não é segredo que a psicologia e a superficialidade são termos que não conversam muito bem. Lemos no dicionário que psicologia é “a ciência que trata dos estados e processos mentais, do comportamento do ser humano e de suas interações com um ambiente físico e social.”

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    Logo, nela não há espaço para lidar com pessoas a partir de uma perspectiva superficial. As pessoas são compreendidas a partir de sua profundidade, da riqueza de suas histórias e da intensidade como os fatos de sua vida a marcaram. 

    Assim sendo, vale a pena destacar o quão interessante seria que pessoas vivendo de aparências compreendessem essa tendência e procurassem ajuda. Consequentemente, em psicoterapias como a psicanálise, elas poderiam entender as causas e gatilhos que despertam esse jeito tão prejudicial de ver e viver. 

    2 – Delírio

    Geralmente, apontamos que pessoas que só sabem viver de aparência estão delirando. Porém, é comum que falemos isso como uma mera expressão do dia a dia, corriqueira. 

    Acontece que, na psicologia, o delírio não é trivial. Além disso, na psicanálise também não é. 

    Inclusive, é importante verificar se pessoas com quem você se importa realmente não apresentam um quadro patológico em que o delírio é um sintoma ou consequência.

    Sim, as pessoas que vivem de aparência podem estar mentalmente doentes. Assim, nesse caso, uma intervenção urgente pode ser necessária!

    Palavras da psicologia

    Compreendemos o delírio na psicologia como uma alteração do conteúdo do pensamento. Portanto, delirar não é saudável e leva uma pessoa a acreditar fortemente em algo que não é verdade. 

    De modo geral, o transtorno delirante pode ser sintoma de doenças como:

    • lesão cerebral,
    • psicose,
    • transtornos mentais,
    • abuso de drogas,
    • entre outros problemas graves.

    3 – Futilidade

    Uma característica que observamos em pessoas vivendo das aparências é a futilidade. Definimos essa característica como a qualidade da pessoa que dá atenção ao que não tem significância, logo é fútil.

    No entanto, sempre é importante lembrar que aquilo que consideramos fútil tem muito a ver com a nossa perspectiva. Porém, para quem vive de aparência, aquela preocupação pode vir de um lugar extremamente relevante.

    Por exemplo, pessoas portadoras de oniomania (compulsão em compras) podem ter adquirido esse problema por uma razão séria. Há quem tenha vindo de uma infância de privação severa ou quem só consiga aliviar uma crise de ansiedade indo ao shopping comprar algo.

    Palavras da psicologia

    estudos que investigam a relação entre a futilidade e a sensação do vazio existencial. 

    Nesse contexto, é possível analisar e tratar pessoas que vivem de aparência a partir do entendimento que elas não aprenderam a se sentirem realmente vivas, úteis e importantes no mundo. 

    Assim, o investimento em coisas aparentemente fúteis é a maneira que elas encontraram para existir em sociedade.

    4 – Falsidade

    Para algumas pessoas a questão do “viver de aparência” guarda uma certa relação com a falsidade. 

    Isso ocorre quando pessoas conhecem uma pessoa pelo modo como ela se apresenta. Porém, em algum momento, percebem que a vida daquela pessoa é uma construção que não corresponde com a realidade.

    De fato, há pessoas que mascaram a própria realidade a ponto de mentirem para a família e para os colegas de trabalho. Portanto, nesse caso, é interessante avaliar se não estamos diante de um caso de mitomania (mentira patológica).

    Palavras da psicologia

    Mais que uma falha de caráter, a mitomania é uma doença que devemos levar a sério. O mitômano mente tanto sobre coisas aparentemente irrelevantes quanto sobre fatos sérios da própria vida.

    Ademais, se a pessoa se comprometer com uma vida que não tem, mentindo compulsivamente sobre ela, isso pode gerar diversos problemas graves com consequências perigosíssimas. 

    Considerações finais sobre o estilo de vida de quem escolhe viver de aparência

    Neste artigo, mostramos como viver de aparência é um hábito que guarda raízes muito mais profundas do que parece. Portanto, não se trata apenas de uma futilidade ou de maldade, mas de problemas psicológicos sérios que podem desembocar em consequências muito ruins.

    Caso seja íntimo de alguém com esse problema, é interessante conversar com a pessoa e apontar o caminho do tratamento psicológico. Inclusive, a psicanálise é uma ótima aliada de quem precisa descobrir as causas de problemas comportamentais como esse em questão.

    Falando em psicanálise, caso tenha se interessado pela profundidade de um tema como viver de aparência, matricule-se em nosso curso 100% online de psicanálise clínica. Nele, você aprenderá como lidar com este e outros problemas, além de receber o certificado para clinicar como psicanalista! É um conhecimento valioso demais para deixar a oportunidade passar.

    3 thoughts on “Viver de aparência: o que é, como a Psicologia explica?

    1. MUITO BOM EU NÃO TINHA CONHEÇIMENTO SOBRE ESSE ASSUNTO

    2. Gleison Silva Nascimento presente disse:

      Interessante é bem.parecido com a mitomania

    3. Mizael Carvalho disse:

      Muito bom artigo! Vou compartilhar com uns amigos e parentes. Esperando que eles possam procurar ajuda!

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