o que é sonho

Afinal, o que é sonho?

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Afinal, o que é sonho? Como os sonhos se formam? Por que a gente sonha com certas coisas e não outras? O que o sonho revela sobre nós? Para responder isso, Freud estudou sobre essas perguntas em sua obra “A interpretação dos sonhos”. Para Freud, o sonho é a principal via de acesso aos conteúdos que foram reprimidos em nosso inconsciente.

Durante o sonho, o que estava escondido de nós mesmos vem à tona. Mas é preciso saber interpretar o sonho, porque esses conteúdos não são literais. Daí, surge toda uma linha, por vezes científica, por vezes mística, de identificar nos sonhos significados ocultos.

Uma reflexão sobre o que é sonho

A gente pode considerar o sonho como uma sequência de fenômenos da mente que ocorrem de modo involuntário no sono. Ou seja, é possível verificar quando uma pessoa sonha. Afinal, o corpo apresenta respostas fisiológicas neste estado de consciência, como:

  • movimento rápido dos olhos;
  • perda do tônus muscular;
  • presença de excitação sexual;
  • respiração e batimentos cardíacos irregulares;
  • presença de ondas cerebrais não sincronizadas.

Entender o que é o sonho pode levar o sujeito a encontrar uma cura psicológica

Sonhar é uma atividade natural para todos os mamíferos, e em uma noite regular de sono as pessoas vivem cerca de quatro a cinco períodos de sonho. Eles duram em média de cinco a vinte minutos cada, porém nem sempre temos a lembrança dos mesmos. Isto é, quando a gente diz que não sonhamos estamos apenas nos referindo ao fato de não termos a lembrança dos conteúdos.

A importância dos sonhos tem sido considerada pelos profissionais da saúde, em especial pelos psicólogos e psiquiatras. O sonho é linguagem do inconsciente que traz respostas às experiências de vida consciente.

Necessário para a manutenção da saúde e equilíbrio mental, ele:

  • restaura o equilíbrio eletroquímico do cérebro;
  • previne a sobrecarga dos circuitos neuronais pela eliminação das associações supérfluas;
  • além disso, processa os resíduos do dia: armazena, codifica e integra esses conteúdos.

Sonhar é natural

O ato de sonhar deve ser visto como um sistema natural de cura psicológica. Para isso, basta que os conteúdos sejam trabalhados com técnicas específicas que promovam o autoconhecimento. Além disso, é possível notar que a criatividade é inerente ao processo e visa à busca de soluções. Outro aspecto a ser enfatizado refere-se à ocorrência de informações relacionadas a acontecimentos futuros ou informações paranormais nos sonhos.

Os sonhos tem origem de três caminhos distintos

Recordar e anotar a vida onírica é um instrumento valioso de autoconhecimento a ser utilizado para aumentar a compreensão sobre nossa experiência de vida. Isso traz uma resolução de problemas, processos criativos e também é bom para o trabalho durante uma sessão psicanalítica. Afinal, durante a sessão de psicanálise, as pessoas buscam acessar os conteúdos que estão arquivados no inconsciente do paciente. Por isso que para Freud, os sonhos são uma estrada para o inconsciente.

Vale lembrar que a gente utiliza palavras e gestos para expressar nossos pensamentos, comunicando tipos diferentes de assuntos. Conforme Freud, ele pode surgir por três caminhos distintos: estímulos sensoriais, restos diurnos e conteúdos inconscientes reprimidos

Caminhos

  • Estímulos sensoriais: O primeiro, Freud chamou de “estímulos sensoriais”, que são as influências externas e internas que ocorrem durante à noite e que são assimiladas pelo inconsciente. Por exemplo: Uma pessoa sonha que está no Alasca, passando muito frio em uma experiência desagradável. Ou seja, quando acorda, percebe que estava com os pés descobertos em uma noite de inverno.
  • Restos diurnos: A segunda forma em que o sonho ocorre é em “restos diurnos”. Uma pessoa que teve uma vida muito agitada ou um tipo de trabalho repetitivo, poderá vir a sonhar com situações semelhantes ao que lhe aconteceu durante o dia. Exemplo é a pessoa que passa um dia inteiro apenas contando bolinha de vidro para preencher um determinado recipiente. Sendo assim, ela pode sonhar com a mesma situação.
  • Por fim, Freud chamou de “conteúdos inconscientes reprimidos”, os sonhos que apresentam pensamentos, sentimentos e desejos, imersos no inconsciente, mas que acabam por se manifestar nos sonhos. Assim, uma pessoa que odeia seu chefe, pode ter um sonho em que seu chefe é seu funcionário e ele está sempre humilhando-o. Ou seja, um sonho em que ele vem a tirar a vida do chefe.

As distorções do sonho e os tipos de linguagens verbais

O tema que surge em um sonho pode estar vinculado ao próprio ato do sono. Afinal, são ocorrências do dia-a-dia e situações particulares, como apresentação de conflitos, que de outra maneira estão inconscientes para a pessoa. Neste sentido, o sonho é uma excelente ferramenta a ser utilizada para trabalhar processos criativos e soluções de problemas.

Entretanto, após ouvir o paciente narrar a sua vivência onírica, a gente tem apenas o relato do sonho e não a experiência original do sonhador. Assim, nos dizeres de Freud: “É verdade que distorcemos os sonhos ao tentar reproduzi-los.” Esse é um processo natural no uso da linguagem. Logo, é possível saber que a linguagem verbal apresenta dois tipos de estruturas: a superficial e a profunda.

Elas operam com universais linguísticos chamados generalização, distorção e eliminação, que podem ser resgatados ao utilizar perguntas apropriadas.

A importância da repetição do processo de associação livre do paciente

Ao obter as respostas para estas perguntas, vamos ter um quadro mais completo do relato do sonho, o que vaio favorecer uma análise mais apropriada.

Freud utilizava o recurso de solicitar que a pessoa repetisse o relato do sonho. No ponto em que o relato era diferente, Freud utilizava para iniciar o trabalho de análise.

Considerações finais

Ao analisar o que é sonho sob um olhar sobre os meus pacientes, às vezes submeto essa asserção ao seguinte teste, que nunca me falhou. Quando o primeiro relato que me é feito por um paciente é sobre sonho, fica muito difícil de compreender e peço que a pessoa repita. Ao fazer isso, ele raramente emprega as mesmas palavras. Entretanto, as partes do sonho que ele descreve em termos diferentes são vistas.

Às veze, nem sempre vai ser possível solucionar a interpretação de um sonho na mesma sessão. Muitas vezes o psicanalista, mesmo sabendo o conceito de sonho e a forma de elaboração do sonhos, vai se sentir esgotado. Ele falhará, como se estivesse em um beco sem saída. Nestes casos, o melhor a se fazer é deixar para outra ocasião a análise do sonho. Pois no futuro ele vai poder apresentar novas camadas e, assim, concluir sua tarefa.

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    A esse procedimento, Freud chamou de “interpretação fracionada do sonho.”

    Por Joilson Mendes, de forma exclusiva para o blog do Curso de Formação em Psicanálise. Se inscreva no curso também e se torne um bom psicanalítica.

    One thought on “Afinal, o que é sonho?

    1. José Augusto disse:

      Nestas análises existe fato q dá pra perceber q o motivo de sonhar e verdade por um lado mas por outro existe explicação q não coincide cm o sonho porque existe sonho q não dá pra entender quando se sonha cm uma pessoa q morreu s m q VC nem conheça e nunca tenha visto está pessoa poristo acho q oi sonho é um mistério secreto de Deus q na sua ciência tenha um resultado q ninguém me consegue interpretar nem entender

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