complexo de castração

Complexo de Castração e Édipo: diferenças em meninos e meninas

Publicado em Publicado em Teoria Psicanalítica

Veja sobre a diferença do Édipo no menino e na menina e o Complexo de Castração. O Complexo de Édipo é universal, mostrando a organização da sexualidade humana, segundo Freud, que demonstrou sua devida construção. No entanto, há uma diferença entre o Édipo no menino e na menina, e Freud demorou cerca de 20 anos para especificar.

Complexo de castração: A diferença do Édipo no menino e menina

Inicialmente:

  • pensou-se o Édipo no menino (ressalto que estamos descrevendo a década de 1920);
  • em 1923, essa organização passa à genital infantil;
  • em 1924, a dissolução do Complexo de Édipo (1925) começa a mostrar consequências na distinção entre anatomia entre os sexos.

Explicar essa cronologia destaca a importância do complexo de Édipo como um ponto crucial, sendo a porta de entrada para neuroses e exercendo uma influência significativa, seja de forma consciente ou inconsciente, na sexualidade dos adultos. Durante a infância, todos os seres humanos enfrentam a tarefa de dominar o Complexo de Édipo; aqueles que não o fazem correm o risco de desenvolver neuroses.

Ao longo do processo de estudos psicanalíticos, a importância desse complexo se tornou cada vez mais evidente, e seu reconhecimento passou a ser uma característica distintiva dos adeptos da psicanálise em relação aos seus oponentes.

Complexo de Castração e o temor da perda

A referência do temor da perda é inerente ao menino já na menina não existe o medo de perder o pênis e sim o amor. Algumas consequências psíquicas são claramente isso até nos dias atuais, a psicanálise observa que mulheres por motivos diversos abandonam a vida sexual (ativa) ou cansaço, cuidados domésticos, viúvas, hormonais e outros, como se fosse aposentadoria sexual, enquanto os homens demoram mais a vida sexual ativa.

Apresentar tais informações nos ajuda entender o efeito da dificuldade a dissolução em relação do Édipo feminino é que para mulheres o nível daquilo que é eticamente normal do que nos homens.

O superego nunca é tão inexorável, impessoal, tão independente como exigido nos homens. Somente no caso no Complexo de Édipo do menino que a passagem pulsional à cultura aparece de maneira clara.

Complexo de Castração e o Édipo no menino

O Complexo de Édipo no menino se descreve em três universos:

1. A existência da sexualidade infantil, uma sexualidade pulsional (não se reduz ou se confunde com a genialidade, que descreve em Três ensaios com perverso –morfo)

2. A criança elabora teorias e dar sentido a sexualidade –ponto comum = desconhecido de diferença entre os sexos e atribui assim a todos, inclusive as mulheres a posse de um pênis;

3. Sexualidade infantil junto a teorias sexuais (estamos de choque pois se atualmente já é tabu imagina na década 1920), a mãe como primeiro objeto de amor da criança tanto menino/menina, a criança tem satisfação.

Colocar a condição da sexualidade o menino no Édipo se manifesta, na fase fálica aos 5 anos em uma atividade masturbatória intensa; a outro tudo o rodeia é ameaça de cortarem (medo simbólico de perder o pênis), com a visão das genitais do feminino as ameaças são ressignificadas em Complexo de Castração, um mecanismo de impor limites.

Édipo e Complexo de castração nas meninas

Algumas consequências psíquicas da distinção anatômica entre os sexos envolvem a relação com a ameaça de castração, vista de forma diferente nos órgãos femininos em comparação com os masculinos.

Freud afirmou que a percepção dos genitais adquire significado de castração quando a criança enfrenta uma ameaça real, ou seja, quando há limites impostos a ela (nem tudo é permitido).

Em 1927, com a introdução do conceito de Fetichismo, Freud atribuiu um novo e importante valor à ameaça de castração, enfatizando a importância da castração materna, como Lacan posteriormente destacou, e a segunda fase do Complexo de Édipo.

O Complexo de Édipo na menina foi considerado por Freud um enigma, pois ele reconheceu as diferenças entre os modelos masculino e feminino. Houve dificuldades em entender a presença do pai no Édipo feminino, especialmente considerando que a mãe é também o primeiro objeto de amor da menina.

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    Durante a fase fálica, o clitóris é equiparado ao pênis pequeno, levando à transição do interesse e satisfação sexual do clitóris para a vagina.

    Freud rejeitou o conceito de Complexo de Electra, proposto por Jung, argumentando que havia abandonado qualquer paralelismo claro entre o desenvolvimento sexual masculino e feminino.

    Freud considerou o Édipo feminino como um problema mais complexo do que o dos meninos, já que a menina passa por mudanças de objetos e de zonas erógenas, enquanto o menino tende a manter uma certa continuidade.

    1) mãe objeto de amor /clitóris Zona erógena (pré-edipiana);

    2) pai passa a ser seu objeto de amor /vagina é zona erógena.

    Feminilidade

    Na década de 1930, Freud dividiu o Complexo de Édipo feminino em Sexualidade Feminina e Feminilidade.

    A Feminilidade sugere que, ao abandonar a mãe, a menina abre espaço para que o pai se torne o objeto de seu amor. O pai passa a ser aquele a quem a menina espera ter bebês, substitutos simbólicos para o pênis ausente.

    O desejo da menina se volta para o pai, e essa dinâmica estabelece uma equivalência simbólica entre o desejo pelo pênis (maternidade) e a situação feminina.

    O Complexo nas meninas

    Na castração feminina, o medo não está ligado à perda do pênis, já que as mulheres não o possuem. Em vez disso, é o temor do sentimento de vazio que prevalece.

    Freud enfatizou a decepção da menina por não possuir um pênis, ou a inveja em relação à mulher, originada pelo Complexo de Castração.

    Essa decepção leva a mulher a abandonar a mãe como objeto de amor e, inconscientemente, atribuir à mãe a responsabilidade por não ter esse objeto de valorização. Isso pode explicar a animosidade nas relações entre filhas mulheres e mães, conforme estudos freudianos.

    Outra característica da castração feminina é o abandono precoce da vida sexual (devido ao cansaço, responsabilidades familiares, entre outros). A menina fantasia e espera pelo pênis, o que é denominado Complexo de Masculinidade.

    Compreender o Complexo de Castração e o Édipo feminino é crucial para estabelecer a hereditariedade do momento do complexo de Castração, que ocorre tanto no fator externo quanto no aspecto interno, da possibilidade de articulação pela criança.

    Isso inclui a compreensão dos elementos que possibilitam a questão colocada pelo complexo de castração, uma vez que, na menina, o papel do Complexo de Castração é inicialmente negado devido à ausência do pênis.

    Em determinado momento, esse papel é ressignificado pela criança como tal; é o momento em que a percepção da ameaça não adquire o valor de castração, pois é necessária uma segunda etapa, um novo elemento que age retroativamente.

    Apresentar os elementos do novo é colocar em cena o efeito de significação obtido pela associação de dois elementos. A articulação desses dois elementos produz um efeito de significação da questão da falta da castração.

    Por exemplo, uma criança brinca de médico inocentemente e, mais tarde, um adulto vem e estabelece limites (“não pode isso ou aquilo”), o que é conhecido como trauma da castração. Essa informação é absorvida durante a infância e permanece no inconsciente na vida adulta.

    Conclusão

    Entender a Dialética da Castração é uma ordenação problemática da falta, da marca a passagem e da premissa da fase fálica ao Complexo de castração.

    Tal premissa da fálica é articulada a questão sexual da criança, na possibilidade de não ter se confrontar com falta e como lidar com os confrontos afetivos.

    Concluindo:

    • Freud relaciona o Complexo de Castração a questão da anatomia sexual,
    • enquanto, Lacan destaca a questão do destaca a importância de sua articulação a função simbólica do pai, definindo como problemática edipiana, dando maior a interdição que recai sobre o desejo incestuoso da criança pela mãe.

    Lembrando: estamos falando de desejo inconsciente.

    Este artigo sobre a diferença do Édipo no menino e menina e o Complexo de Castração foi escrito por Elane Cristina De Araújo, estudante do curso de formação em psicanálise ([email protected]).

    5 thoughts on “Complexo de Castração e Édipo: diferenças em meninos e meninas

    1. Mizael Carvalho disse:

      Parabéns pelo belíssimo artigo!

    2. Osvaldo Pavanelli disse:

      O nível do assunto exige um texto melhor escrito, melhor estruturado e sem erros de digitação, minha modesta opinião.

    3. muito bom o artigo mas pessimo de ler e entender por conta dos erros de ortografia, concordância e digitação. melhorem.

      1. Psicanálise Clínica disse:

        Obrigado pela mensagem, Stefany. O arquivo foi corrigido, com algumas adequações já implementadas.

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