Hoje falaremos sobre o a esquizofrenia paranoide. “A cidade está se tornando atônita… Arthur fuma um cigarro, sorrindo. Cita um pequeno evento, fala com a sua psiquiatra. Ela diz que tem uma notícia, ele diz num dos maiores momentos desta película – que ouviu uma música no rádio, que o ‘cara’ cantando se chamava ‘Carnaval’, que era o apelido dele no seu trabalho, e que se sentia que era como ninguém o visse. Que foi ‘louco’, e que era como se ninguém o visse. E que ela não o ouve, talvez nunca o tenha ouvido de verdade.
Entendendo sobre a esquizofrenia paranoide
E que ele só tem ‘pensamentos negativos’ (e que as pessoas estão começando a perceber!). Que durante sua vida, ele nem sabia se existia – mas ‘sente’ que existe! E sua psiquiatra diz que cortaram a verba, e que fecharão as portas do Serviço Social. Seria a última vez que ele a vê. Ele se conforma, diz que está tudo bem. E ela diz que estão ‘se lixando para pessoas como ele’.
E Arthur ri. ‘Merda’, diz em tom debochado. Mas pensa em seus remédios – como ele conseguiria isso agora? Ela diz que sente muito.” Arthur está no clube onde há shows de stand-up. Estuda um pouco, antes de se apresentar. Alguém marcou um pequeno número para ele fazer. É chamado ao palco. Ele ri, ainda está sem jeito, não sabe bem o que fazer – embora tenha estudado tanto tempo para isso. Tem seu caderno de anotações – ou seu diário – em mãos. Continua rindo, fala sobre a escola, está um pouco descontrolado e continua rindo ainda.
Dá a si mesmo um tempo, volta a falar, entre outras palavras, diz que seria um comediante à sua mãe. Olha seu diário, fala sobre os ricos, talvez fosse uma piada, mas nem tanto. Sai de lá, com a sua “namorada”, e vê notícias sobre o “palhaço assassino” que desvirtuou a cidade. A notícia num dos jornais seria de um “palhaço justiceiro”. Ele vê máscaras de palhaço em pessoas rodando a cidade. A sua “eventual” namorada ri com ele.
A esquizofrenia paranoide de Arthur
Arthur volta para casa, sua mãe está dormindo no sofá, a televisão está ligada justamente no programa do Murray. Ele vê, diz à mãe que é hora de ir à cama. Ela diz que escreveu outra carta (ao Sr. Wayne). Arthur dança com a mãe e a leva para o quarto Ele vê uma carta, e a abre.
Seria uma carta da sua mãe, ao Sr. Wayne, mais uma carta dizendo como se sente sozinha, sem ele, com seu filho, e com problemas e dificuldades sendo vividas, pedindo ajuda ao Sr. Wayne. Diz na carta, que ele (Wayne) é a única esperança para ela e seu filho Arthur.
Ela diz que o ama (Wayne), e termina os dizeres. Arthur dobra a carta, bastante pensativo. Ele está nervoso, discute com a mãe. Diz que não está bravo, e quer conversar. Ela ainda diz que Wayne é “extraordinário”, continua a falar para tentar acalmar Arthur. Ele está do outro lado da porta, ela ainda fala. Ele só ouve; e ela o questiona. Tanto que ele também a questiona sobre isso.
O palhaço justiceiro
Numa outra cena, ele vê novamente nos jornais sobre o “palhaço justiceiro” e sobre a candidatura do Sr. Wayne. Ele rasga parte do jornal, e guarda para si. Está determinado. Vai à casa do Sr. Wayne, chega ao portão e vê um menino. Põe um nariz de palhaço, sorri e o menino chega perto dele. Arthur tem uma varinha nas mãos, atua como um mágico.
O menino o observa, ele entrega a varinha ao menino e a varinha se “entorta”. Efeitos “mágicos”. Ele continua com o “pequeno show”, e tira da varinha um buquê de flores para o menino. Pergunta o nome dele. O menino diz: – “Bruce”. Arthur diz seu nome, e toca o menino, pequeno “Bruce”.
Faz com ele o seu “sorriso” nas suas mãos, como fez no início do longa-metragem. Então, alguém chama Bruce. E diz para sair de perto do Arthur; este alguém seria um segurança; Arthur conversa com ele, diz ser somente mágica e quer conversar com o Sr. Wayne.
Um cara legal
Arthur diz que é um “cara legal”, e o segurança o repreende. O segurança diz que chamaria a polícia, mas Arthur diz que não é necessário. Fala sobre sua mãe, diz ao segurança que ela o contou tudo. Mas o segurança fala que ela (mãe de Arthur) era paranoica, e o manda ir embora. Arthur diz que Thomas Wayne é o seu pai. Agarra o segurança no portão, depois vai embora correndo.
“Arthur chega à sua casa, sua mãe está sendo levada ao hospital pela emergência. Ele vai com ela. Espera fora do hospital, fumando. Parece não saber o que pensar ou fazer. O detetive Garrity e seu parceiro chegam para falar com ele; Garrity havia procurado-o e – como não o encontrou – falou com sua mãe. Arthur quis saber sobre o que conversaram; disse que sua mãe sofreu um derrame – por ter ‘surtado’ e batido a cabeça, e os acusou (detetives) por isso.
Garrity ainda disse que tinha perguntas sobre os assassinatos do metrô. Foram falar com o (ex-)chefe de Arthur; souberam sobre o revólver e Arthur insistiu ser ‘somente um adereço’. Disse a eles que foi despedido porque não era engraçado; saiu dizendo que cuidaria da mãe.
O distúrbio de Arthur
Os detetives continuaram dizendo que tinham um dos cartões de Arthur, informando sobre seu distúrbio e suas risadas descontroladas. Arthur estava inconformado, os deixou sem muito sentido para onde ia e bateu no vidro do hospital, indagando ser a ‘saída’ (e não a entrada para o mesmo).”
Arthur percebe que suas emoções encontram-se cada vez mais confusas, mas sabe que está “caminhando” para algo maior. Neste momento onde sua mãe está hospitalizada – ainda mais por saber que foi por sua própria causa – ele se sente culpado, apesar de acabar por também saber que os detetives foram à sua procura.
Penny também tem problemas mentais, e ela se mostrou histérica diante da visita inesperada dos detetives. Arthur foi questionado brevemente sobre como foi despedido, ele tentou procurar subterfúgio para se explicar, mas não foi muito convincente. Arthur está cada vez mais à mercê de um surto maior.
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A esquizofrenia paranoide contuinua
“Arthur encontra-se no quarto com a mãe e Sophie. Ela o conforta; diz que tudo vai ficar bem – depois ela se vai. Arthur olha para a televisão, e vê Murray em seu programa. Ele ri. Murray anuncia um vídeo, e mostra uma gravação de Arthur no clube de stand-up fazendo um ‘‘show’’. Arthur ri novamente, mas Murray o repreende dizendo que deveria ter ouvido sua mãe, sobre o fato de não ser engraçado. O vídeo continua, e Murray debocha de Arthur. Arthur observa com um olhar mais que perturbador.”
Neste momento onde Arthur vê seu vídeo no aparelho televisor, ele pensa que está tendo seus minutos de fama – no entanto, o que Murray faz na verdade, é curtir com Arthur, debochando descaradamente dele.
Arthur tem uma expressão nunca antes demonstrada; desperta-se uma fúria dentro dele, um desejo diferente. Ele se vê na televisão, mas o que ele vê são pessoas rindo dele – não porque ele é “engraçado” e bom no que faz, que seria divertir as pessoas – mas sim, porque ele foi tomado como objeto de zombaria.
A manifestação de Arthur e a esquizofrenia paranoide
“Está em sua casa; ouve as notícias na TV. É dito que os manifestantes fazem passeatas, protestos pela cidade. Estão contra Thomas Wayne, contra o sistema. Num evento, Wayne diz que a cidade está com problemas, e que ele sendo eleito vai ‘resolver’ tudo isso. As pessoas usam máscaras ou maquiagem de palhaço, erguem placas com os dizeres ‘somos todos palhaços’, e ‘matem os ricos’. Arthur vai à manifestação, sorrindo.
Há confronto entre a polícia e o povo. Arthur ‘vaza’ e consegue entrar no local; veste-se de funcionário e chega até adentrar-se numa apresentação de um filme, onde muitos estão assistindo. O filme é de Charles Chaplin. Arthur olha ao seu redor, e vê Thomas Wayne.
Thomas levanta-se, e Arthur vai segui-lo. Encontram-se no banheiro. Arthur tira a roupa de funcionário, e vai falar com Wayne. Não sabe o que dizer, Wayne pergunta se ele quer um autógrafo, mas Arthur diz seu nome e que é filho de Penny. Thomas lembrou-se que ele havia ido à sua casa no dia anterior.
Atenção e carinho, esquizofrenia paranoide
Arthur diz que Thomas é seu pai, mas Thomas diz a ele que é adotado, que nunca teve nenhum caso com sua mãe. Pergunta se Arthur quer dinheiro, disse-lhe que Penny o adotou quando trabalhava para a família dele.
Mas Arthur continua dizendo que não é verdade, que seria o filho dele. Arthur diz que não quer nada dele, talvez só um pouco de atenção e carinho, ou um abraço. Chama-o de ‘pai’. Thomas insiste, diz que Penny é louca, e Arthur ri descontroladamente. Thomas desfere um soco no rosto de Arthur, e diz para nunca mais incomodar o filho dele. Arthur continua rindo.”
Arthur vai ao encontro de Thomas Wayne. Consegue vê-lo pessoalmente, procura conversar e expor seus sentimentos e “suas verdades” – mas prontamente, Thomas diz a ele que é tudo mentira, que Penny (a mãe) é louca, e que ele foi adotado. Arthur mais uma vez se vê desmoronando; onde ele pensara encontrar um “pai”, ele encontra mais um que só diz a ele que ele e a mãe são dementes e não sabem o que estão dizendo. Thomas acaba por agredir Arthur – e Arthur ri de toda esta situação. Já não sabe mais o que pensar ou sentir.
Conclusão sobre a esquizofrenia paranoide
“Arthur está novamente em casa. O telefone toca, é o detetive dizendo na secretária eletrônica que precisa interrogá-lo sobre as questões do assassinato. Arthur tira tudo de dentro da geladeira, prateleiras, etc. Ele entra na geladeira. O telefone toca novamente, desta vez é Shirley Woods, fazendo a ele uma proposta para comparecer ao programa do Murray. Arthur aceita, já marcam a data.”
Nada mais o segura. A personalidade “Coringa” está mais que acima do seu próprio “eu”. E nada mais vai segurá-lo. Continuaremos no próximo título, aguardo a presença de todos para que a conclusão deste trabalho seja magnífica. Abraços!
Este artigo foi escrito por César Samblas Boscolo ([email protected]), 49 anos. Capivari – SP. Chefe da Divisão de Controle Imobiliário, Município de Capivari. Consultor Imobiliário, Psicanalista Clínico, Administrador de Empresas. Músico, Arranjador Musical; já foi Relações Públicas para eventos/shows/apresentações diversas. Bom leitor, adora artes como cinema e música. “Curioso” e sempre pesquisando um pouco sobre tudo que interesse, sem futilidades. Apreciando a vida!