Os cientistas continuam estudando como a mente e o comportamento humano interagem entre si. Para entender como essa interação acontece, eles realizam investigações para experimentar teorias e comprovar fatos. Hoje nós explicaremos o que significa Psicologia experimental e alguns dos seus fundamentos.
Índice de Conteúdos:
O que é psicologia experimental?
Segundo estudiosos, a Psicologia experimental é uma área científica que estuda a mente por meio da experimentação. Logo, avalia as questões da psique humana através da manipulação, observação e anotação das variáveis que influenciam as pessoas.
O que difere essa área de estudo das outras é a sua especificidade metodológica. Ou seja, o suporte que a área recebe por meio de experimentos com o intuito de validar ou não teorias científicas. Outras vertentes psicológicas utilizam o método da experimentação para confirmarem os seus métodos de trabalho.
Origens
Muitos psicólogos acreditam que a psicologia experimental surgiu no século 19, mas há registros dela no século 18. Christian Wolff, filósofo alemão, dedicou grande parte do seu trabalho a experimentação física. De acordo com Wolff, tudo pode ser mensurado, mesmo a alma humana, e a Psicologia empírica se transforma na psycheometria, o conhecimento matemático da psique humana.
Além disso, o filósofo Johann Nicolas Tetens usava o método experimental com o intuito de investigar a psique humana. Para Tetens, era possível acompanhar as mudanças na alma e mudar as condições externas para fazer uma análise profunda das transformações internas. Contudo, Tetens se diferenciava de Wollf porque Tetens fazia experimentos psicológicos, como é o caso da percepção tátil.
O médico Johann Gottlob Krüger afirmou que, assim como as mudanças no corpo, a alma também muda. Esses experimentos na mente apenas são possíveis porque as modificações não são naturais e são induzidas de forma proposital. Portanto, observável para estudiosos avaliarem mudanças e progressos nesses experimentos.
Na prática, o que um psicólogo experimental faz?
Em suma, um psicólogo experimental tem o intuito de estudar o comportamento humano por meio de experimentos. Não apenas o comportamento, mas também as funções e processos que influenciam o comportamento humano.
Para tanto, é necessário utilizar cobaias a fim de que as experimentações ajudem a compreender diversos dos temas estudados. Por exemplo, memória, percepção, aprendizagem, sensação, emoções ou a motivação humana. Sempre há pesquisas dedicadas ao desenvolvimento e compreensão dessas instâncias da mente humana.
Bases epistemológicas da psicologia cognitiva experimental
Os pesquisadores utilizam quatro bases epistemológicas da psicologia cognitiva experimental para validar os estudos. São elas:
Determinismo
Em suma, um evento ou estado de um objeto é estabelecido por estados superiores. Ou seja, a relação de causa e efeito afeta de forma direta os fenômenos comportamentais. Assim que um fenômeno se torna geral e recebe validação, ele é entendido como uma lei, organizada por meio das teorias psicológicas.
Empirismo
As experiências conectadas aos sentidos dão origem ao conhecimento das pessoas. Logo, o ser humano só consegue avaliar aquilo que pode ser observado. O empirismo ordena que as teorias e hipóteses se diferenciem das observações no mundo natural.
Parcimônia
Os pesquisadores devem realizar as suas buscas a partir das teorias mais simples. Desse modo, se houver duas teorias diferentes entre si, os pesquisadores devem escolher a mais simples delas para pesquisar.
Probabilidade
Por fim, a probabilidade indica que as hipóteses devem ser comprovadas à medida que o tempo avança. Dessa forma, se os cientistas não conseguem comprovar uma teoria usando todos os meios possíveis, ela não é mais considerada válida. Logo, a probabilidade envolve o que é verdadeiro ou falso numa teoria, usando observações para confirmar se a hipótese é correta ou não.
A Psicologia experimental de Wundt e a psicologia experimental de Fechner
Wilhelm Wundt, Gustav Fechner e outros pesquisadores lançaram programas de experimentação psicológica muito promissores. Por causa do trabalho desses pesquisadores, a psicologia experimental se tornou mais organizada e extensa.
Gustav Fechner foi um dos primeiros colaboradores da psicologia experimental, relacionando-a à psicofísica. Essa é uma ciência que interliga as funções do corpo com as da mente, estabelecendo relações funcionais. Embora seja uma contribuição que a literatura não menciona extensivamente, Fechner fez a distinção entre a psicofísica interna e externa.
Segundo Fechner, a mente humana se conecta a duas dimensões de um corpo. E mesmo que a psicofísica externa seja o início, é necessário a intervenção da psicofísica interna para que ela se desenvolva. Assim, o mundo externo apenas se liga a mente através da interação com o mundo interno, onde o cérebro e sistema nervoso desenvolvem um papel central.
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Validade e confiabilidade
Na psicologia experimental nós nos deparamos com conceitos importantes a respeito da mecânica das teorias. Entre eles a confiabilidade e validade que são:
Confiabilidade
Com a ajuda da confiabilidade um pesquisador consegue medir a verificabilidade, consistência e repetição de uma pesquisa. Se uma pesquisa reproduz os mesmos resultados quando um estudo se repete então ela é confiável.
Validade
Validade diz respeito a verificação que um pesquisador faz da exatidão ou precisão tiradas de uma pesquisa. Os pesquisadores determinaram que existem alguns tipos de validade, sendo eles:
Validade conceitual
É quando a hipótese pesquisada dá suporte a uma teoria mais ampla que também está sob análise.
Validade de construto
Tantos as variáveis dependentes, quanto as variáveis independentes representam de forma precisa as ideias abstratas que são estudadas pelos pesquisadores.
Validade externa
O pesquisador pode fazer o mesmo estudo em populações diferentes, mas ainda consegue obter os mesmos resultados.
Validade interna
Por fim, a validade interna indica que há uma grande casualidade acontecendo entre dois fatores. Quanto maior a taxa de validade interna em um estudo, maior a taxa de manipulação da variável independente nas alterações da variável dependente.
Sem fronteiras
Para tornar a psicologia experimental mais acessível, muitas pessoas a encaixam como um ramo da psicologia convencional. Contudo, é importante esclarecer que todas as áreas da psicologia utilizam métodos experimentais nas suas aplicações. Logo, os experimentos de psicologia experimental são acessíveis a qualquer área de estudo na psicologia.
Por exemplo, os psicólogos que se dedicam ao estudo do desenvolvimento humano. Eles utilizam métodos experimentais a fim de avaliar o crescimento das pessoas desde a infância até a vida adulta.
Já os psicólogos sociais são conhecidos por utilizarem técnicas experimentais para avaliar como os grupos influenciam as pessoas. Ademais, os psicólogos da saúde também fazem experimentações com o objetivo de entender o que afeta a saúde e bem-estar das pessoas. Como você pode notar, a experimentação está presente em muitas áreas de um trabalho de pesquisa.
Considerações finais sobre psicologia experimental
A psicologia experimental é o caminho mais seguro para os pesquisadores comprovarem teorias. Por meio dela é possível justificar algumas teorias válidas e descartar aquelas que não recebem validação científica.
É importante ressaltar que muitas variáveis recebem atenção e análise desde o começo dos estudos até a finalização das pesquisas. Com a ajuda desses experimentos, os pesquisadores são capazes de determinar avanços importantes para a humanidade. Os avanços da nossa sociedade exigem a elaboração teórica e tempo para entender os resultados na prática.
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One thought on “Psicologia Experimental: significado e fundamentos”
Conteúdo Excelente!