Mãe Suficientemente Boa

Mãe Suficientemente Boa e o desenvolvimento do bebê

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Neste trabalho, abordaremos o conceito sobre uma mãe suficientemente boa com o desenvolvimento de seu bebê, sob a ótica de Winnicott.

Esta abordagem é importante, pois um bebê, assim que nasce, não é capaz de sobreviver sozinho. Ele existe pela presença do outro. Esse cuidador vai servir a ele como ambiente favorável à sua existência e também como objeto de servidão a ele. Então, de maneira resumida, a existência primária desse bebê não está consolidada e ele ainda precisa do holding.

Como hipótese, partimos do princípio que se durante todo esse processo o indivíduo se integra totalmente, ele constrói seu self verdadeiro, onde a vida a ser vivida vale a pena, segundo as palavras de Winnicott. Como objetivos, buscaremos neste trabalho demonstrar que a mãe que recebe o bebê nesse mundo, vai oferecendo a ele experiências suportáveis para que ele possa ir construindo seu mundo.

Mãe Suficientemente Boa

Na primeira parte do trabalho sobre a  Mãe Suficientemente Boa, falaremos como Winnicott diz ser difícil desassociar seus pensamentos indo sempre em direção ao bebê. O olhar dele desde o primeiro momento do nascimento até sua total integração é dado por um sistema complexo, que envolve o próprio bebê, sua “mãe” (cuidador), o ambiente e o objeto ao seu redor. Na segunda parte sobre a texto da Mãe Suficientemente Boa, focaremos no desprendimento de poder exercer quem se é, sem total dependência, que leva o ser a se integrar, se formar como seu verdadeiro eu. Essa premissa perpassa pela construção do self verdadeiro e pelo falso self. Para atingir esses objetivos, a metodologia utilizada foi da leitura de artigos, vídeos e dos livros “Bebês e Suas Mães” (WINNICOTT, D.W.) e “Da Pediatria à Psicanálise” (Phillips, A.).

O holding da mãe suficientemente boa e a existência do bebê Winnicott utilizava a palavra holding para se referir aos cuidados primários oferecidos pelos pais aos seus filhos. Para ele, essa é a função principal que os pais precisam exercer na infância. É o conjunto de cuidados básicos que os pais oferecerem nos primeiros anos de vida da criança, construindo uma base tanto física quanto emocional para que ela possa se desenvolver. Um bom exemplo de holding é quando a mãe percebe que o bebê está com fome e pega-o no colo para que possa amamentá-lo. Nesse cenário, a mãe está sustentando a criança em seu colo fisicamente e também de maneira emocional no aconchego e acabando com a sua fome, garantindo os impulsos do bebê.

Nesse pequeno gesto, a mãe não só o alimenta, mas protege ele de uma frustração, da qual ele não seria capaz de tolerar e suportar, frustração essa que seria a fome. Então, basicamente um bebê, assim que nasce, não é capaz de sobreviver sozinho. Ele existe pela presença do outro. Esse cuidador vai servir a ele como ambiente favorável à sua existência e também como objeto de servidão a ele. “A natureza, no entanto, decretou que os bebês não possam escolher suas mães. Eles simplesmente aparecem, e as mães têm o tempo necessário para se reorientar e para descobrir que, durante alguns meses, seu oriente não estará localizado a leste, mas sim no centro (ou será que um pouco fora do centro?).” (WINNICOTT, 1988, p.4)

Mãe Suficientemente Boa e seu papel

Se um indivíduo não recebe esse suporte básico de sustentação, proteção e cuidado dos pais, ela provavelmente vai pular estágios e “amadurecer” mais rápido. Isso não é natural nem favorável a ele, pois ele vai enfrentar problemas sem ter recursos suficientes para resolver. Ou seja, ele terá que criar recursos artificiais para lidar com situações que ainda não pode enfrentar. Quando um bebê ou uma criança está exposta a amadurecer sem o holding necessário, podemos usar até mesmo uma metáfora para nos referirmos a essa situação: é como pedirmos para uma lagarta voar, antes mesmo dela virar borboleta e ter asas.

Nesse contexto, foi preciso que ela usasse asas artificiais para atender a demanda oferecida a ela. Winnicott reforça que nos primeiro meses de vida, a disposição da mãe suficientemente boa seja constante e o ambiente seja previsível para o bebê. Dentro de toda a premissa do holding, não podemos também esquecer do handling (manejo, toque). O contato físico do limpar, dar banho, amamentar, trocar as fraldas, beijar, tudo que permeia o universo do toque, faz parte desse desenvolvimento. Quando o bebê vem ao mundo, ele não sabe e não entende que existe o outro, ele só enxerga a si mesmo. Então, essa troca proporciona ao indivíduo um diálogo, mesmo que não verbal, de coexistência.

O contato de pele com pele é de suma importância para nossa instituição de corpo, de borda, do nosso contorno e estruturação. Nosso limite corporal começa a se estabelecer nesse primeiro período da vida, através da relação. Todas essas situações são sutis e ocorrem ao longo da criação do bebê. Dentro desses primeiros dias/meses de vida, o Id do bebê está sendo formado constantemente. Quando falamos de Id, estamos retratando um potencial de pulsões, em busca do prazer. Se o Id fosse uma bexiga, essa bexiga iria inflar com entrada de prazer, gerando uma carga de tensão. Essa tensão precisa escoar para algum lugar para que essa bexiga não estoure.

O ID e sua relação com a Mãe Suficientemente Boa

Podemos identificar claramente o Id em um bebê, por exemplo, em seu momento de fome. Ele está alheio à realidade externa, se importando apenas com seu prazer momentâneo. Quando esse indivíduo cresce um pouco e não tem mais cem por cento de atenção suprida, (realidade externa onde a mãe que já começa a demorar a atender), seu Id vai sendo modificado, dando origem ao Ego.

Para Winnicott, o bebê passa por muitos estágios e acumula experiências que, no decorrer da vida, vão caminhar junto com a maturação desse ser. A partir de cada ação vivenciada, o bebê aprende a confrontá-las e senti-las, e, então, passa a estabelecer conexões e distinções das emoções e sentimentos. Ele se organiza para ter defesas de sofrimentos e frustrações que passará ao longo de sua vida.

No decorrer desses holdings mãe-bebê, não podemos excluir o fato de que essa criança também está em constante contato com os objetos ao seu redor. No começo, existe uma relação de completude entre os dois, mas com o passar do tempo, essa mãe apresenta o bebê ao mundo e vice-versa e “passa o bastão” de apenas existir para ele com o introduzir dos objetos. Ocorre então uma espécie de renascimento dessa mulher e “falha” no holding total, passando a ser parcial. Surge uma mão suficientemente boa para um novo bebê crescendo e amadurecendo. Esse bebê começa a procurar objetos de satisfação externos a essa mãe.

A Integração do Ser em Winnicott

A teoria da dependência, proposta por Winnicott, perpassa por estágios. O primeiro estágio seria da dependência absoluta, onde o bebê depende cem por cento de um cuidado do outro, já que ele “não existe” sem essa relação. No segundo estágio, existe a dependência relativa, onde há um afastamento. Essa fase é muito importante porque o bebê pode ser criativo, saindo do isolamento total inicial a que foi submetido, criando novas possibilidades. A próxima fase, mesmo sendo mais longa, é transitória também. Ela vai rumo à independência. Dizemos rumo, pois nunca de fato é uma independência total.

Chega um determinado momento que as fases regridem na velhice, podendo chegar até mesmo à dependência absoluta outra vez, mas num outro estágio de maturidade do ser. Se durante todo esse processo o indivíduo se integra totalmente, ele constrói seu self verdadeiro, onde a vida a ser vivida vale a pena, segundo as palavras de Winnicott. Mas se isso não ocorre, passa a existir uma sensação de vazio e futilidade. A partir daí, é bastante comum que o falso self apareça. Se existe uma presença ou uma falta excessiva de qualquer coisa e a criança não integra essas experiências, surge a submissão de um self ao outro. As ações desencadeadas a partir daí, respondem mais ao outro do que a si mesmo.

“Na psicologia do desenvolvimento emocional os processos de maturação do indivíduo precisam de um ambiente de facilitação para que possam concretizar-se. Este ambiente de facilitação torna-se rapidamente muito complexo.” (WINNICOTT, 1988, p.32). Então o desenvolvimento primitivo emocional perpassa pela integração do eu, pela psique que habita o corpo e pela relação objetal. Nessa fase específica de relação da criança com o objeto, podemos observar claramente suas ações repetitivas. O ato de recordar, repetir e elaborar passa a fazer parte constante no amadurecimento do indivíduo. Nesse lugar, pode-se dizer que algumas teorias de Freud dialogam com Winnicott na relação objetal bebê-objeto.

O bebe perante a Mãe Suficientemente Boa

Desde o início da infância, esse jogo se faz necessário acontecer diversas vezes para a criança elaborar o afastamento da mãe. A mãe se afasta mesmo sem essa criança querer e ela não pode controlar isso. No fort-da, ela tem esse controle e amadurece suas experiências futuras com uma simples brincadeira. E isso é uma via de mão dupla. O bebê não só elabora a ausência da mãe como também seu próprio afastamento para que ele fique um tempo só. Winnicott aborda a questão do desenvolvimento emocional com a teoria do que acontece antes da grande mudança, onde a criança consegue perceber a mão como uma entidade separada dela.

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    “O corolário disto é que o bebê assume que sua mãe também tem um interior, que pode ser rico ou pobre, bom ou mau, organizado ou caótico. Portanto ele está começando a dar importância à mãe, à sua sanidade e aos estados de espírito. […] Quando um ser humano se percebe uma pessoa relacionada a outras pessoas, um longo caminho já foi percorrido em termos de desenvolvimento primitivo.” (WINNICOTT, p.222). Esse estágio é atingido em média entre os cinco e seis meses do bebê. De certa forma então, falamos do ser ainda não integrado e que o cuidado vai levar o centro gravitacional que irá atrair tudo para ele.

    Esse corpo passa a ter um núcleo que será atingido por um contorno aos poucos, tanto em níveis físicos quanto em níveis psíquicos. O self (seu sentimento de autenticidade, a construção de si mesmo) e o corpo como experiência de corpo autêntico vai se construindo antes dos 6 meses de vida (corpo e psique numa só unidade). Gera a partir daí a integração, a personalização e em seguida a realização. Bem no começo disso tudo temos uma integração não-primária. À grosso modo, seria como se o bebê fosse constituído por partes soltas, como braço, perna, corpo maleável, onde ele precisa se “unir” como um todo e quem faz isso é o holding.

    O ego a dependência absoluta

    Da mesma forma que esse corpo ainda não é uma unidade, esse ego também não. Ele não está formado. É importante observar que o bebê, nos primeiros meses, volta diversas vezes para o estágio de não-integração, mas o tempo todo ele é submetido a experiências integrativas, fazendo com que ele se fortaleça com seu self e pare de regressar. Desse ponto, há a divisão da dependência absoluta, relativa e independência, onde cada fase a ser vivida soma como uma nova experiência para esse amadurecimento. A não integração faz parte da saúde, como por exemplo a pessoa pode se perder no outro (relação amorosa) ou em uma determinada situação.

    Quando uma pessoa se apaixona e se deixa envolver por uma relação, esse indivíduo se perde e se reencontra no encontro com o outro. Então, além de ser um estado inicial, ela é um repouso do self, que é totalmente diferente de uma desintegração. A desintegração é uma ameaça de caos, um colapso da estrutura. Os estados da não-integração podem ser aproveitados ao longo da vida e tolerados, mas se essa integração é incompleta, o bebê fica com suas partes dissociadas, à deriva em algum lugar desconhecido. A criança então precisa muito do adulto em seus primeiros meses e anos de vida para construir seu self. Inclusive, o adulto tem papel fundamental na condução do que é realidade e do que é sonho para essa criança.

    O bebê se integra para formar seu self a partir da junção de suas partes, se deparando depois com a relação primária com a realidade. Se durante todo esse processo o indivíduo se integra totalmente, ele constrói seu self verdadeiro, onde a vida a ser vivida vale a pena, segundo as palavras de Winnicott. Mas se isso não ocorre, passa a existir uma sensação de vazio e futilidade. A partir daí, é bastante comum que o falso self apareça. Se existe uma presença ou uma falta excessiva de qualquer coisa e a criança não integra essas experiências, surge a submissão de um self ao outro. As ações desencadeadas a partir daí respondem mais ao outro do que a si mesmo.

    Self Verdadeiro x Falso Self segundo Winnicott

    Se esse sujeito, composto de um falso self, for atendido por um psicanalista que não percebe essa existência, ele vai fazer intervenções de fortalecimento desse falso self. Quando o bebê nasce, ele ainda não possui seu self constituído. Ele só começa a adquiri-lo com o conjunto de experiências e situações que ele for vivenciar. Nos primeiros meses de vida, o bebê tem necessidades egóicas que precisam ser saciadas, como fome, frio, dor, etc. O ambiente externo a ele suprirá suas necessidades e alimentará esse self verdadeiro. Se seu cuidador não o sacia, ele cria uma espécie de camada protetora de cuidados e passa a criar seu falso self.

    Isso se dá por uma falha no ambiente. Mas não só de experiências faltosas o bebê vive. À exemplo disso, podemos citar o momento em que ele já está alimentado, seguro em seu ambiente e o adulto quer, por exemplo, que ele se alimente mais. Nesse determinado momento, há uma invasão do ambiente no self verdadeiro e, mais uma vez, ele cria uma camada protetora para essa situação (falso self), para ele sobreviver a falha do ambiente. Nesse sentido, as duas situações servem para proteger o bebê dessas falhas. Seja por carência ou excesso de cuidado do ambiente externo suficientemente bom. Mesmo que o falso self nasça devido a uma proteção, por muitas vezes ele se torna um vilão do indivíduo à medida que ele deixa seu verdadeiro self camuflado.

    Há um conflito na vida do sujeito e esse conflito passa a afetar suas relações pessoais, profissionais, amorosas. O ser que ali começa a ficar preso, passa a ter uma eterna sensação de esperança. Esperança essa nunca saciada. Há vários tipos de falsos selfs, que vão de níveis brandos a níveis extremos, mais patológicos. Entre eles, podemos citar o falso self usado e tratado como sendo real e escondendo o verdadeiro self; o falso self que defende e protege, mas que de alguma maneira sente o verdadeiro self e o resguarda numa vida secreta; o falso self que concentra em achar condições ambientais para que o verdadeiro self comece a existir, o falso self feito de introjeções ao longo da vida; e o falso self dentro de um esquema social da normalidade, protegendo o verdadeiro self que ali ainda se encontra vivo. Essa escala parte de uma classificação decrescente da patologia até atingir a dita normalidade.

    O estágio do falso self

    Em termos patológicos, podemos dizer que o falso self pode ser usado e tratado como real, à medida que o ser se alimenta de sentimentos irreais e fúteis; e pode ser construído na submissão, onde os impulsos do instinto acabam cedendo a um estágio de autopreservação como defesa (escudo) de proteção do verdadeiro self, dissociando mente e psicossoma. Geralmente o falso self se desenvolve no período de desenvolvimento da dependência absoluta, na relação mãe-bebê quando ainda está sendo amamentado. Se nesse período a integração do bebê for feita de uma maneira não progressiva até sua independência, o falso self começa a ter poder sobre essa estruturação.

    “A mãe que não é suficientemente boa não é capaz de complementar a onipotência do lactente, e assim falha repetidamente em satisfazer o gesto do lactente: ao invés, ela o substitui por seu próprio gesto, que deve ser validado pela submissão do lactente. Essa submissão por parte do lactente é o estágio inicial do falso self, e resulta da inabilidade da mãe de sentir as necessidades do lactente.” (Winnicott, 1990; pag. 133). Quando uma criança não (re)conhece a si mesma, ela fica inibida, desconhece seus impulsos e não sabe diferenciar quais são suas necessidades e quais são as necessidades que sua mãe quer que sejam dela. Isso gera um indivíduo submisso que não sabe de si. Quando a mãe, que até então era suficientemente boa passa a falhar, esse bebê reage e começa a ser.

    Mas se essa falha natural não ocorre, há um erro nesse desenvolvimento que irá gerar grandes consequências na manutenção do self. A palavra “falha” se enquadra com dois sentidos na relação da integração e construção do self do bebê. Há a falha natural que precisa ocorrer vinda da mãe, onde ela não está o tempo todo vivendo para o seu bebê e assim proporciona sua integração e amadurecimento; e há a falha não natural que não ajuda na evolução e construção da criança, que estimula o surgimento do falso self. Então, quando falamos sobre falha da mãe suficientemente boa, é necessário que estejamos atentos para qual sentido e conotação o cenário está se projetando. Enquanto o falso self gera uma sensação de futilidade para o indivíduo, o verdadeiro self é sentido como real, onde se reconhece a quem verdadeiramente é. E esse sentimento é o viver criativo do ser, possibilitando que ele tenha uma existência considerada normal entre o sonho e a realidade, chamada de vida cultural.

    Conclusão

    A mãe suficientemente boa para Winnicott Quando um sujeito está muito envolto do falso self, é necessário que ele faça uma regressão à falha primordial na análise, para identificar em que momento, situação ou fase houve um “erro”. Essa regressão nada tem a ver com vidas passadas, mas um retorno ao saber em que momento do desenvolvimento primitivo houve esse erro e que se possa fazer uma “correção”. Quando um sujeito está em análise, ele precisa de condições ideais para que seu self verdadeiro vá de encontro às suas questões e ele possa exercê-lo de maneira a ele se maturar e experimentar o mundo. Se isso não ocorre ele desenvolve seu falso self, tendo a sensação de futilidade, estagnando o desenvolvimento do seu eu.

    O verdadeiro self fica estático esperando o tempo e a condição ideal para que ele possa exercer sua personalidade primária do ser. Isso pode demorar muito tempo ou pode se dar em poucas sessões. Depende muito do paciente e da intervenção do analista. Seria o famoso ditado onde “cada caso é um caso”. O analista precisa escutá-lo de maneira autêntica e inteligente. Então, com a construção e maturação do ser desde bebê até sua fase adulta, conseguimos perceber que suas experiências externas estão diretamente ligadas à sua integração. No início de sua vida, foi extremamente necessário o holding e a troca egóica com a mãe.

    Depois desse desprendimento, tudo o que o atravessou ajudou a construir seu self verdadeiro. E se o indivíduo tiver a intervenção de um psicanalista, ele precisará estar atento ao seu paciente para empurrá-lo em direção ao seu desenvolvimento total. Cada um tem dentro de si o ser suficientemente bom e possível de se ter.

    O papel do psicanalísta

    O psicanalista precisa estar muito focado ao seu paciente e suas queixas. Quando o sujeito diz que foi marcado pelo outro, precisamos perceber se a história é mesmo aquela (como agente passivo) ou se houve uma inversão dos fatos (e ele era um agente ativo). Essa percepção é sutil e ajuda muito no auxílio ao paciente que está em questão. Por diversas vezes o analista passa a sessão inteira em cima do trabalho do falso self de seu paciente.

    A linha de trabalho vai consistir em ouvir o analisando, trabalhar seu verdadeiro self e reforçá-lo de maneira a dar espaço para seu eu criativo e fortalecê-lo como autêntico. A partir desse ponto, Winnicott diz que outra abordagem psicanalítica poderá ser feita, mas não antes de fortalecimento de verdadeiro self e enfraquecimento do falso self.

    Referências bibliográficas

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    Este artigo foi escrito por Danielle Coelho Freitas.

    1 thoughts on “Mãe Suficientemente Boa e o desenvolvimento do bebê

    1. Mizael Carvalho disse:

      Muito bom artigo e com muito conteúdo que ajudará os futuros psicanalistas. Parabéns!

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