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Pensamentos Tóxicos: o que são e como mudar

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Muitas vezes, nos sentimos cansados de tanto pensar em problemas, não é mesmo? Às vezes, o problema ainda nem existe. Porém, apenas a possibilidade já nos aflige. Você sente que costuma ter pensamentos que te perseguem? Confira agora nosso artigo sobre pensamentos tóxicos e descubra como eles são programados em nossas mentes!

A mente humana e os pensamentos

Alguns estudos apontam que um ser humano é capaz de ter cerca de setenta mil pensamentos por dia. O que nos leva ao resultado de três mil pensamentos por hora. Ou seja, cinquenta pensamentos por minuto

Apesar de tais números serem apenas uma estimativa, segundo os neurocientistas, não  deixam de nos causar certa admiração. Visto que, na maior parte do tempo, não estamos cientes desse processo. 

Se, na maior parte do tempo, estamos alheios ao ato de pensar, é igualmente comum estarmos alheios ao conteúdo de nossos pensamentos. E, consequentemente, às suas influências sobre o nosso comportamento. 

O que são os Pensamentos Tóxicos?

Nós apenas deixamos nossos pensamentos “correrem soltos”. Legando-nos o papel de meros expectadores de nós mesmos. Porém, se nos déssemos ao trabalho de observar com cuidado os conteúdos que ao longo do dia compõem os nossos pensamentos, poderíamos facilmente averiguar que a maior parte desses conteúdos se repetem, ou seja, são ideias e preocupações recorrentes.

Assim, quando falamos de pensamentos tóxicos, devemos entender que tais pensamentos apresentam em seu conteúdo uma ideia degradante ou enfraquecedora e que, invariavelmente, irão gerar sentimentos de insegurança, medo, apatia, etc. . E que, além disso, se repetem incessantemente no fluxo de nossos pensamentos.

Venenos Mentais

Isso quer dizer que para um pensamento ser considerado tóxico, ele deve ser ao mesmo tempo gerador de sentimentos ruins e deve também ser recorrente. Como uma pequena dose de veneno tomada todos os dias, incapaz de te matar. Mas que, ao poucos, dia após dia, vai minando sua resistência e sua saúde.

Os pensamentos tóxicos são venenos mentais, capazes de destruir ao longo do tempo as resistências psíquicas e emocionais de uma pessoa. Impedindo-a de construir relações saudáveis, de reagir adequadamente às adversidades do cotidiano e mesmo de ter energia suficiente para sonhar e fazer planos, não escolhendo os caminhos que deseja trilhar em sua própria vida.

Em última instância, podemos verificar que um pensamento tóxico, se mantido por muito tempo, é capaz de aniquilar a autonomia de um indivíduo. Tornando-o uma mera sombra de seus próprios potenciais.

Exemplos de pensamentos tóxicos

Anotemos, apenas a propósito de uma mera exemplificação, visto que em cada indivíduo tais pensamentos podem apresentar as mais diferentes formas ligadas a diferentes representações, três principais pensamentos cujo teor pode comprometer a saúde psíquica de um ser humano:

 “Eu sou um fracasso!”

A sensação de fracasso é comum a todos nós, visto que nem todos os nossos empreendimentos podem obter sucesso. O problema acontece quando a pessoa que obteve uma “sequência” de fracassos durante um período de sua vida, para de analisar os erros do processo e passa a transferir para si mesmo o fado dos equívocos.

Seria o mesmo que, ao invés de dizer “eu errei”, a pessoa dissesse “eu sou o erro”. Na primeira ideia, embute-se o princípio de temporalidade e de causalidade, ou seja, “eu errei, mas posso acertar”. Já na segunda afirmativa, verifica-se um conceito estático e imutável, “eu sou um erro e não posso mudar o que eu sou”.

“É tarde demais!”

Poucas coisas são tão temorosas ao homem quanto o tempo. A simples ideia que o tempo é algo que está constantemente se esvaindo, sem que tenhamos nenhum controle sobre esse fato, já é algo que nos apavora. Assim, comumente nos deparamos com a expressão “Ah, se eu pudesse voltar no tempo!”, mas não podemos, ou pelo menos ainda não. Encarar essa realidade, tal como se apresenta a todos nós, é um ponto muito importante. Justamente para que possamos apreciar adequadamente o tempo que temos.

No entanto, quando uma pessoa se agarra à ideia de que é tarde demais, um grande problema se instala. Porque essa ideia, esse sentimento, vem aos poucos a prevalecer sobre tudo. Ou seja, a pessoa acaba desvinculando o objeto do sentido e aplicando esse sentido a tudo.

Imagine que hoje você tem quarenta e cinco anos de idade e queira participar de um concurso literário cujas vagas são destinadas a escritores de até vinte e cinco anos de idade. Nesse caso, você apropriadamente poderia dizer “é tarde demais,” e passar a procurar outros concursos que não tenham restrições quanto a idade do escritor. Ou, você pode apegar-se a essa frustração de tal forma, que é tarde demais para ser escritor, que é tarde demais para começar outro trabalho, que é tarde demais para ser feliz.

“Realizar meu sonho é impossível!”

Esse pensamento, apesar de seu conteúdo tão contraditório, é imensamente comum entre as pessoas adultas. Isso porque as crianças sempre acreditam que seus sonhos são possíveis, por mais absurdos que pareçam. A contradição, no entanto, que se apresenta nessa afirmação entre as pessoas adultas e minimamente normais, é que ter um sonho que considero impossível me exime da responsabilidade de lutar e trabalhar por ele.

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    Eu coloco o que desejo tão distante de mim, que se torna impossível traçar um caminho para realizá-lo. Justificando, dessa forma, que eu nada faça e apenas lamente. Observamos, mais uma vez, que o pensamento pode se espalhar, ramificar em diversas direções. Fazendo que não só um determinado sonho pareça impossível, mas que qualquer desejo que exista tome também essa condição. Com isso, a pessoa acaba desistindo de tudo antes mesmo de tentar.

    Conclusão

    O que tentamos deixar claro com tais reflexões é que um único dos pensamentos tóxicos que se torne constante pode causar um grande transtorno ao comportamento humano. É sumamente importante estarmos cientes de como nos sentimos e quais são os pensamentos que estão gerando esses sentimentos. É importante estarmos atentos ao que somos e ao que desejamos ser. Cultivando, em nós, os pensamentos que nos possibilitem ir sempre adiante.

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    Este texto foi escrito por Cláudia Regina Gomes, Aluna do nosso Curso de Psicanálise Clínica.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

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