A natureza humana segundo a Psicanálise

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De acordo com a investigação psicanalítica de Sigmund Freud, a natureza humana compreende algumas características profundas que anseiam satisfazer certas necessidades. Além disso, lida com impulsos como a agressão e o ego, que o leva a experiências prazerosas, além da necessidade de amor e de evitar a dor em todas as áreas da vida.

Considera-se que os impulsos levam ao bem ou ao mal. No entanto, o fazem de acordo com a natureza da satisfação que trazem à natureza humana e à comunidade em geral.

Natureza humana manifestada em sociedade

A natureza da sociedade, civilizada ou bárbara, é resultado do tipo de pessoas que habitam o meio ambiente. Assim sendo, é também uma função do grau de padrões morais estabelecidos pela sociedade. Por sua vez, esse tipo de padrão forma a supressão contínua do instinto humano levando à necessidade de reação ou compensação.

Nesse contexto, a perspectiva psicanalítica argumentou que o desenvolvimento da personalidade é uma das grandes características da natureza humana. Essa perspectiva leva a uma compreensão mais profunda da singularidade da vida de cada pessoa, por exemplo.

Assim, o movimento de indivíduos de uma fase da vida para outra resulta em conflito. Trata-se de uma disputa entre o impulso social e biológico, ambos encontrados na natureza humana. A capacidade de qualquer indivíduo de lidar com seu ambiente é determinada pela capacidade do indivíduo de lidar com as forças dentro da sociedade. Além disso, é importante aprender com elas.

Repressão para bem estar comum

No que diz respeito à psicossexualidade, diz-se que se trata do manejo da sexualidade e da agressividade de uma criança. Isso é conduzido pelos pais nos estágios iniciais da vida, o que contribui com uma porcentagem maior para o desenvolvimento de uma personalidade saudável.

Esta personalidade, por sua vez, compreende três partes. Em primeiro lugar, consideramos o id. Esta é a parte que forma a fonte para necessidades básicas e biológicas e forma uma porcentagem maior da mente.

Depois, há o ego. Trata-se da parcela que forma a parte consciente da natureza humana, e que é impulsionada pela sobrevivência. Além disso, contribui para o direcionamento dos impulsos do id,o que é bastante apropriado.

Por fim, além destas partes, há o superego. Este está associado à consciência humana. Além disso, se desenvolve como resultado de relações e interações com pais. Estes, por sua vez, são responsáveis por ensinar as crianças a aceitar e se conformar aos valores e normas da sociedade.

Ser o melhor

Freud continua argumentando que a natureza humana acha difícil aceitar qualquer coisa menos que excelente. Explicamos melhor: o instinto que nos conduz a isso contribui para o intelectualismo e mais para a sublimação ética. Assim sendo, esta característica faz o ser humano desejar a superioridade complexa.

Ademais, Freud argumentou que existe uma grande relação existente entre o homem e a sociedade, o que o torna naturalmente antissocial baseado no nível da natureza maligna dentro de cada indivíduo.

Deveres da Sociedade

Nesse contexto, Freud acreditava que a função da sociedade era verificar os instintos anti-sociais humanos. O nível em que o ser humano se torna civilizado é puramente dependente do processo de sublimação.

Isso dá origem à relação controversa entre o desejo da natureza humana de satisfazer seus impulsos e as práticas culturais da sociedade. Assim, o grau em que um indivíduo é submetido à supressão determina o nível de seu estilo de vida civilizado.

Portanto, o que vemos da visão de Freud sobre a natureza humana é que é mais pessimista, já que ele colocou tanta ênfase na crença tradicional de que existe uma grande relação entre os comportamentos humanos e a sociedade na qual um indivíduo cresce. Isso faz pensar que quando as raízes de onde uma pessoa vem forem mais periféricas, as pessoas nascidas ali estejam fadadas à destruição.

Assim, Freud acreditava que a superioridade da maioria determina o modo como uma sociedade é conduzida e impulsionada.

Ele argumentou que a essência principal da natureza humana compreende uma porcentagem maior de id que anseia por satisfazer apenas os instintos antissociais que provocam uma sociedade desequilibrada.

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    Nesse contexto, os argumentos de Freud sobre a natureza humana levaram à questão sobre a possibilidade de a natureza humana conter os princípios que direcionam para o prazer.

    Autocontrole é fundamental para uma personalidade saudável

    Sobre o estudo da personalidade humana, Freud acreditava que a parte central da natureza humana é resultado de uma combinação. Trata-se da junção do id e do controle das decisões humanas feita pelo superego. Ele argumentou que os comportamentos e experiências da infância influenciaram uma grande porcentagem das características do adulto.

    De acordo com sua descoberta, as neuroses eram resultado de poderosas forças emocionais. Estas, por sua vez, são provocadas por experiências traumáticas e duras no estágio da infância. De acordo com Freud, as experiências infantis moldaram o estágio da vida adulta na medida em que o caráter infantil molda a formação de personagens na idade adulta.

    A humanidade está mais disposta a conceder misericórdia ou agressão?

    Freud descobriu que o comportamento geral de um indivíduo era muito motivado por questões decorrentes das forças emocionais construídas na parte inconsciente da mente.

    De acordo sua teoria da personalidade, as ações humanas são resultado de conflitos mentais e neuróticos. A humanidade, nesse contexto, está mais inclinada à agressão. Assim, exige a satisfação de instintos mais antissociais que impulsionam a obtenção do prazer individual.

    Isso levaria a mais conflitos entre os indivíduos e a sociedade e, por fim, à destruição da humanidade. Freud argumenta que a humanidade não pode estar inclinada a conceder misericórdia, já que não havia muita ênfase nas forças construtivas da natureza humana.

    Não havia uma indicação clara da criatividade e produtividade humanas na teoria de Freud sobre o desenvolvimento humano. Falamos um pouco sobre as consequências disso mais abaixo.

    Egoísmo a toda prova

    O desejo de satisfação imediata dos instintos humanos resulta em conflito. De acordo com Freud, a agressão é produzida pelo id. Esta é a parte que é considerada como o “diabinho” de dentro, que insta os indivíduos a praticar atividades prazerosas. Isso independentemente dos resultados consequentes, desde que alguma satisfação seja garantida.

    Por outro lado, o Superego opera em princípios ideais que tendem a afastar os indivíduos dos problemas. A agressão humana pode ser vista nos comportamentos de uma criança em crescimento que se preocupa menos com as inconveniências que suas demandas causam a outras pessoas, incluindo os pais. Nesse contexto, como ser construtivo ou lidar com conflitos de interesse, como comentamos mais acima?

    Como progredimos no sentido moral?

    Havia a crença na teoria de Freud de que o amor como virtude era resultado da sublimação sexual. Contudo, comportamentos humanos são considerados diferentemente dependendo da cultura da sociedade da qual emana. Assim, a cultura dentro da qual um indivíduo funciona determina, em maior grau, a anormalidade ou normalidade de certas ações e comportamentos.

    Nesse contexto, a moralidade traz diferenciação clara sobre o que é considerado bom ou ruim dentro das sociedades. Dessa forma, crê-se que os comportamentos morais resultam de valores partilhados na comunidade.

    De acordo com Freud, a moral é desenvolvida para fornecer meios pelos quais a humanidade possa viver em paz e unidade. Assim, esses códigos de moral são desenvolvidos como resultado de ditames sociais e sociais. A sociedade geral contribui com grande porcentagem da moralidade de um indivíduo, já que os indivíduos não conhecem fronteiras morais.

    Isso ocorre porque as pessoas estão tão preocupadas com sua própria personalidade do que com outras pessoas dentro do mesmo ambiente, que não há confiança nos outros enquanto o indivíduo está em paz consigo mesmo. Com base em impulsos e egos individuais, as restrições morais não são importantes, desde que haja segurança interna.

    A criação de comunidades levou à introdução da moralidade, uma vez que os indivíduos viram a necessidade de interações saudáveis ​​e a realização de força na unidade de propósito.

    Uma força maior exige restrições únicas sobre comportamentos e ações individuais. Isso, de acordo com Freud, estabelece o poder da comunidade como sendo superior ao poder do indivíduo, que às vezes se torna brutal.

    Assim, o poder da comunidade é apenas eminente depois de lidar com a natureza egocêntrica dos seres humanos.

    Expressões Individuais Regidas por Regras Específicas

    Ações individuais exigem regulamentações pelos códigos morais para que a estabilidade seja mantida dentro das sociedades. Freud argumentou que todos os comportamentos negativos devem ser tratados. Isso de modo a garantir a segurança a outros membros da sociedade. Contudo, isso só é possível quando o conceito de empatia é imposto a indivíduos que residem na mesma comunidade.

    Empatia: O principal valor de uma sociedade

    A empatia se resume no princípio bíblico que afirma que devemos fazer aos outros o que esperamos que eles façam a nós. Assim, o código moral baseado neste princípio assegura que os indivíduos se tratem de maneira mais cautelosa e menos violenta.

    A percepção freudiana da moralidade baseia-se no conceito de empatia. Isso é feito de tal modo que qualquer comportamento associado ao mal social é condenado por todas as sociedades. A maioria dos indivíduos dentro da sociedade aceita a adoção dos princípios e regras que protegem contra infligir danos aos outros. Isso levando em consideração que ninguém deseja maus comportamentos contra si próprio ou contra sua família.

    Assim, a moralidade de um indivíduo é majoritariamente baseada nas ações comportamentais. Elas, por sua vez, garantem a continuidade dentro das sociedades.

    O medo define limites

    A moralidade está menos associada aos pensamentos, uma vez que é mais revelada nas ações individuais. Contudo, Freud argumentou que o que impede um indivíduo de infligir danos aos outros é o medo de resultados consequentes de ações comunitárias contra ele, em vez de empatia.

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