Neste artigo de opinião falaremos sobre o sono-vigília, vamos abordar, por sugestão de interessados no tema, o desafio da insônia, ou seja, porque muitas pessoas não conseguem dormir de forma saudável. O tema faz parte da grade de atribuições de pesquisa e busca de uma solução possível, por parte dos operadores nas ‘Ciências Psi’ (Psiquiatria, Psicologia e Psicanálise) e Ciências Médicas vinculados ao assunto.
Realizaremos uma incursão pelo tema e no fecho, vamos enfrentar o desafio de ofertar ao crivo social mais amplo possível, uma resposta à indagação problematizada e proposta observando que é um tema ainda não bem pacificado, face as divergências e convergências de especialistas.
Entendendo sobre o sono-vigília
O escopo (foco) deste artigo de opinião, está centrado num tema emergente que tem sido tópico em diversos debates, palestras, estudos, pesquisas, tratamentos, que versa sobre a problematização do sono irregular ou do transtorno do sono-vigília. Preliminarmente, podemos salientar que muitas pessoas não dormem mais de forma saudável.
O lastro de tal premissa tem sua ancoragem nos fatos estatísticos, pesquisas confiáveis, que informam em cada 10 (dez) pessoas da PEA (População Economicamente Ativa) na faixa dos 16 anos (aprendizes e estagiários) aos 49 anos (maturidade de ofícios e profissões) 9 (nove) dela dormem de forma muito ruim e irregular, enfrentando a insônia.
Na faixa dos jovens de 12 aos 18 anos, de cada 10 (dez) estimam que 7 (sete) jovens dormem muito mal principalmente em face da tecnologia (celulares, tablets, computadores).
O sono-vigília e outros transtornos
E, na faixa dos 50 aos até aos 89- 95 anos, de cada 10 (dez) estimam que 6 (seis) idosos dormem muito mal, além de usarem psicofármacos em alguns casos de forma descontrolada e sem supervisão e com auto medicação.
Neste artigo vamos abordar as seguintes questões problemas selecionadas para um exame a começar pelo tópico do desafio pós-moderno dos transtornos do sono-vigília; a desordem da insônia; os processos dos estágios do sono nos seres humanos; os transtornos relacionados como a hipersonolência e a narcolepsia; as parassonias como o sonambulismo, pesadelo e pernas inquietas.
As premissas chave do sono higiênico; os passos do sono higiênico; e, por fim, as na conclusão, como fecho de análise do tema, vamos ofertar uma resposta à seguinte problematização formulada e proposta: “Existe a possiblidade de remissão (cura) do transtorno do sono e perspectiva de se reverter esse quadro clínico adverso e angustiante?” Nosso ponto de partida será o exame da primeira questão-problema pré-selecionada, que trata sobre o desafio pós-moderno dos transtornos do sono-vigília.
O desafio pós-moderno dos transtornos do sono-vigília
Abordar o tema da insônia não é algo muito fácil face a complexidade da desordem (transtorno), seu desdobramento e o grande número de pessoas que estão nessa situação em busca de uma solução (remissão=cura). Pessoas de ambos os sexos, de todas as faixas etárias, relatam para vários analistas, nos seguintes termos: “Não consigo mais dormir direito, o que posso fazer doutor?”.
Este tem sido o quadro geral em vários consultórios. Um dos maiores problemas contemporâneo, na denominada pós-modernidade dos tempos líquidos é dormir, ainda mais diante da tecnologia, um desses problemas, o celular.
Os relatos são imensos, do tipo, “Olha, eu não durmo mais como antes e estou angustiado, esgotado e cansado”; ou ainda, “Não sei o que acontece comigo, não durmo direito, deve haver alguma coisa que me ajude”. Existem casos em que a pessoa não dorme duas semanas de forma acumulada.
A falta de qualidade do sono
Fica, portanto, bem claro que é um diagnóstico do transtorno sono-vigília que tem várias implicações. E na pior das hipóteses, pessoas relatam que já foram em psiquiatras e clínicos, além de psicólogos e psicanalistas e tomam remédios, mas não conseguem dormir de forma saudável.
E muitas pessoas compreendem o mecanismo do processo do sono, entretanto, as queixas de insatisfação predominante estão ancoradas na pouca quantidade (intensidade) e na falta de qualidade do sono. Evidente que estão associados a vários outros fatores quando é realizada uma ‘anamnese’ (investigação clínica) de dados
divisórios e da historicidade da pessoa. Existe a dificuldade de iniciar o sono. Também, para manter o sono e evitar despertar fora da cronologia adequada. Existe uma perturbação psíquica que causa a insônia. Alguns pesquisadores denominam de desordem típica da insônia que vamos a abordar na sequência a seguir.
A desordem da insônia e o sono-vigília
As pessoas afetadas pelo transtorno ou desordem ou ainda, distúrbio do sono geralmente relatam aos analistas que estão em dificuldade de ‘pegar no sono’ (adormecer); quando conseguem, não mantém o sono e logo despertam. As pessoas relatam que isso causa um sofrimento, uma ‘espécie de angústia’ e muitas vezes não dormem até três dias consecutivos ou mais.
Vivem nesse estado meses a fio. E se acostumaram anos e anos. Possuem, geralmente, recursos para buscar um analista (ou especialista) eles possuem bem como a oportunidade adequada para dormir, bom colchão, quarto ou suíte, alguns com casas na praia, ou sítios, fazendas, porém, não dormem de jeito nenhum.
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Muitas pessoas já fizeram exames anatômicos e fisiológicos e não conseguiram fazer um achado. Portanto, estão tolerando a situação. Relatos dão conta de que não é algo episódico e nem esporádico, mas, persistente e recorrente. Isto posto, fica bem apurado que é um quadro de insônia.
A historicidade analisada
Um bom caminho ao se analisar os dados divisórios e a historicidade da pessoa tem sido tentar rememorar o processo dos estágios do sono de forma singular ou transmitir de forma mais didática possível tais conhecimentos ao analisando, paciente ou partilhante.
O que afinal acontece nos estágios do sono e lembrar que cada caso e um caso peculiar com suas especificidades.
Entendendo os processos dos estágios do sono
Vamos fazer uma abordagem bem didática sobre esse tópico para ser bem assimilado. Existem no sono quatro estágios. O sono durante o qual ocorre a maioria dos sonhos semelhantes em todos, geralmente, ocupa cerca de 20 a 25% do sono total.
Essa premissa foi formulada por especialistas, embora sem consenso, porém, tem sido o que ocorre na maioria dos casos pesquisados com protocolos. No estágio 1, do sono, existe uma transição da vigília para o sono e ocupa cerca de 5% do sono em adultos saudáveis. Esta é outra premissa.
Estamos colocando a situação como já mencionado de forma mais didática possível, pré excluindo alguns termos mais técnicos de uso de especialistas como a sigla REM. No estágio 2, ocupa cerca de 50% do tempo de sono. No estágio 3, que é o nível mais profundo do sono, ocupa cerca de 20% do sono em adultos jovens saudáveis.
Base cronológica
Então, basta calcular o sono com base cronológica de 6 a 8 horas, em alguns casos excepcionais, de hipersonia entre 10 a 12 horas de sono que teremos um quadro aproximado. O que ocorre, geralmente relatado por pessoas com transtorno do sono-vigília, é que esse processo não ocorre.
As pessoas referem que não atingem os estágios. E algumas relatam que apelam para psicofármacos declinando até o nome do mais usado ultimamente, que é o Zolpidem; e, que simplesmente apagam. Mais grave ainda, as que usam álcool junto como os remédios, como no caso do Rivotril (Clonazepam).
Outras apelam para automedicação e utilizam fármacos sem um acompanhamento especializado, no desespero de tentar dormir.
O sono-vigília e os remédios
Surgem relatos de uso de Alprazolam, Diazepam, Fluoxetina, ansiolíticos; outros combinam com antidepressivos, na esperança de adormecer, como Paroxetina, Sertalina, Imipramina (Tofranil) combinado com Zolpidem. Porém, tudo na base do auto visão e percepção de que precisam dormir.
Os termos verbais mais usados numa entrevistas são: ‘Faço isso porque quero dormir’; ou, ‘Não aguento mais, quero dormir porque não prego os olhos’. Tais posturas ignoram os estágios do sono e estão obstruindo a tentativa de busca de um sono mais saudável e higiênico.
Na prospecção de dados e informações, geralmente aparecem associados outros quadros delicados que os psiquiatras examinam. Neste artigo vamos apenas fazer breve referência porque cabe aos especialistas acompanhar cada quadro clínico de forma mais focal.
Analisando o sono-vigília
O analista que deseja ter um bom ‘performance’ precisa no mínimo, recomendar a pessoa a buscar o especialista (psiquiatra ou clínico) que vai deflagrar o ato médico da prescrição correta ou fazer uma interface examinado os comportamentos, mecanismos de defesa e o inconsciente, que neste caso seria em tese e a priori, a interface com o psicanalista.
O psicanalista busca fazer um achado no inconsciente do analisando sem interferir na prescrição dos psicofármacos. O que ocorre muitas vezes, os analisandos (pacientes, partilhantes) buscam dois ou mais psiquiatras para ter a chamada ‘segunda e terceira opinião’ e omitem que estão assim procedendo. Enfrentam riscos.
Muitos psicanalistas orientam o analisando informar os médicos psiquiatras imediatamente porque isso enseja que poderá estar tomando princípios ativos cumulados se baseando apenas no ‘nome comercial’ do psicofármaco. E uma super carga de princípios ativos cumulados ainda mais com tabaco e álcool e uso de drogas como maconha, poderá incorrer num quadro clínico grave principalmente havendo transtornos relacionados, que vamos examinar.
Os transtornos relacionados
Algumas pessoas descobrem que são hiper sonolentas e também, que estão num processo de quadro de narcolepsia. Isso demanda muita observação especializada. Algumas pessoas dormem mais de 9 horas, outras chegam a dormir cerca de 12 horas consecutivas, após passar uma noite em vigília geralmente com tecnologia, celular ou computador.
Isso precisa ser monitorado assim como pode sofrer uma queda irresistível de dormir em qualquer lugar, de forma repentina. Muitos relatam que possuem o efeito dog’, ou seja, cai no chão e dormem, como um cão repentino. Alguns animais, como cães e gatos, de fato, sofrem de narcolepsia. O quadro de narcolepsia é algo delicado.
Pode ocorrer até durante o uso do banheiro. Não raro existem relatos do tipo, “Olha, eu dormi no vaso uns 15 minutos e acordei” Não havia tomado nenhum psicofármaco tal pessoa, mas relata que está acontecendo esse quadro de dormir frações de tempo várias vezes por dia, típico da narcolepsia. Isto precisa de um olhar bem especializado.
Hiperventilação do sono
Existem ainda os quadros de apnéia e hipopnéia obstrutivas do sono assim como a chamada hipoventilação do sono e crises no ritmo circadiano. Então, isso precisa de um olhar multidisciplinar em interface.
E ainda, tem os que possuem desvio de septo nasal, roncam muito, despertam com o ronco e precisam de um atendimento mais focado. São os transtornos relacionados que contribuem para a insônia. Outro problema grave, as parassonias.
As Parassonias
Além dos distúrbios ou transtornos da insônia, existem as parassonias. É um despertar constante do sono. Geralmente ocorre durante o primeiro 1/3 do sono (30% do sono) e a pessoa desperta constantemente. Algumas ficam sonambulas e tem o chamado terror noturno além de pesadelos.
Estas seriam então as parassonias mais comuns. Um comportamento inadequado do sono, como o sonambulo. O sonambulo está num processo chamado de parassonia especial. Assim como a pessoa que tem a síndrome das pernas inquietas ao dormir ou ainda, fica rangendo os dentes.
Esta análise também entra na historicidade singular da pessoa. A pessoa além de sofrer de transtorno do sono, ao conseguir dormir poderá deflagrar essas parassonias. Isto já revela de ‘per si’ que a questão da insônia é complexa.
O sono-vigília e a rotina agitada
Porque durante o exame investigativo sobre o quadro de transtorno do sono poderá emergir um achado que seja um outro transtorno associado, como por exemplo, o uso de substâncias que bloqueiam o sono, como no caso do excesso de tabaco, cafeína, cocaína, maconha, álcool, sedativos hipnóticos com uso por exemplo, do uísque como a Ritalina (Metilfenidato) em shows, em plantões noturnos, ou mesmo, serviços durante a noite.
Fato incontestável é que à análise de todos esses pontos sempre ou quase sempre revelam ausência total ou parcial da prática e hábito do sono higiênico.
As três premissas chaves do sono higiênico
O transtorno do sono-vigília, com ou sem as parassonais associadas, entre outras desordens ou distúrbios, direcionam para uma inferência (conclusão) certeira, de que existe ausência da prática do sono higiênico. Geralmente a pessoa afetada tende e expressar que já experimentou de tudo e não deu certo.
Porém, verifica-se pela prospecção de dados, metadados e informações que não realizaram os passos do sono higiênico e queimaram etapas, deixando de lado as premissas do sono saudável por vários motivos. Alguns relatam que gastaram muito dinheiro com livros de autoajuda, médicos especiais, gurus, visitas a especialistas até no exterior e nada deu certo.
Não está claro ainda que livro de autoajuda não é sono higiênico. Muitos questionam, ‘Afinal quais são então as premissas e os passos do sono higiênico?!’ A primeira premissa do sono higiênico é o querer; é a força de vontade; o volitivo da pessoa, a convicção de realizar os passos.
O sono-vigília e a mudança
Sem esse comprometimento pessoal singular que é exclusivamente individual, subjetivo, intransferível não for observado não temos como vencer o transtorno do sono. A pessoa em análise geralmente expressa, ‘Olha, o médico ou meu terapeuta é que tem que gerenciar isso tudo, não eu’. Equívoco muito grave.
A própria pessoa é que tem que comandar e supervisionar o processo e jamais delegar para terceiros. Transferir para terceiros vai incorrer no fracasso. O êxito está nesta condição de convicção.
Segunda premissa é a aplicação prática dos passos do sono higiênico. E, a terceira premissa é monitorar o resultado obtido, entregar para si o resultado tendo esperança. Fora desse eixo impossível tentar vencer a insônia.
Poderá até ser possível tentar mitigar os efeitos, porém, não conseguiremos o êxito esperado. A seguir vamos abordar alguns dos passos do sono higiênico.
Os passos do sono higiênico
Esse é o tópico que muitos desejam pelo menos ler e refletir para tirar conclusões teóricas e alguns enfrentam a questão na prática. O ideal é praticar os passos do sono higiênico com total abnegação.
Entretanto, muito importante salientar e frisar bem, que sem compreender e assimilar as premissas chaves o processo fica à deriva e compromete resultados.
Aos passos
O 1º passo do sono higiênico é possuir o local apropriado, um quatro, com um certo silêncio, com boa cama, colchão, travesseiro ergonômico, lugar ventilado, agradável. Impossível dormir sem um mínimo conforto. O 2º passo, retirar do quarto a televisão.
Muitos analisandos relatam que não tem força psíco-mental e emocional de tirar a televisão. Acabam sucumbindo já no segundo passo. O 3º passo, celular desativado, ou no silencioso, tela escura. Computador no quarto nem pensar, tem que tirar o computador. Esse passo tem sido o mais doloroso.
O celular domina os seres humanos na pós-modernidade dos tempos líquidos e vaporizados da alta tecnologia. No 4º passo, a fixar mentalmente, que a partir das 16 h, da vigília, evitar chimarrão, chocolate, café, álcool, tabaco. Maconha e cocaína em nem pensar também, tem que deletar isso. Porque o pico da meia vida vai ocorrer a noite.
O sono-vigília e novos hábitos
Quanto aos remédios psicofármacos será uma decisão pessoal com psiquiatra ou clínico. O psicofármaco prescrito pode ser usado paralelo ao sono higiênico até a desprescrição (desmame) no futuro. Ou sua redução. Existem casos de riscos de surtos ou catarse. Fica delicado a abstenção repentina.
O 5º passo, recomenda-se o leite morno com chá, de preferência camomila ou chá de maracujá. O 6º passo, ajuste da cronologia do hábito. Horário do deitar-se. Uma vez fixado tem que ser observado aquela faixa de horário. Recomenda-se deitar-se todos os dias a partir das 21 até 22h 30 min.
As duas primeiras semanas é delicado, porém, crucial para formar o hábito. Depois de 1 ano (12 meses) o hábito se transforma numa virtude. O 7º passo, ler um trecho da Bíblia, nos livros poéticos. Pode-se iniciar lendo Salmos, um por dia, durante 150 dias, serão lidos todos. São 150 salmos bíblicos.
Driblando o sono-vigília
Depois, Provérbios, Eclesiastes, Jô, Eclesiástico, Sabedoria, Cântico dos Cânticos, enfim. Um trecho por dia, para gerar tranquilidade e paz de espirito o que ajuda no sono. Muitos analistas com seus analisandos comentam que não conseguem fazer isso, porque não acreditam na metafísica. só que não tentaram.
Usam como alternativa ouvir barulho de chuva no telhado de zinco ou barraca, ou neve, ou de trem para dormir, ou som tibetano pelo Youtube, no celular. É um caminho, entretanto, poderá desencadear o impulso de teclar Facebook, Instagram, Google, o que colocaria o celular de novo na centralidade da ordem do dia.
O celular precisa ser neutralizado para fluir o sono higiênico. O 8º passo, fazer uma oração, falar com a esfera metafísica. Este passo tem sido omitido por várias razões. Analisandos contestam explanando que não acreditam em anjos, santos, espíritos, porém, gostariam de ouvir meditação, Buda. Analistas entendem que pode ser interpretado como proselitismo. O 10º passo, praticar exercícios durante o dia, no mínimo a caminhada. Mulheres optam por prática de ‘pilates’ e ‘yoga’; homens gostam da musculação e ciclismo, o que muitas mulheres também adotam como rotina. Assim como natação.
Depende da opção, todas são válidas
O 11º passo revisar toda alimentação buscando um equilíbrio, porém, sem exageros, excessos e extremismos. Não existe a necessidade de virar vegano. Buscar um melhor equilibro com nutricionista se possível. E por fim, como 12º passo, organizar lista de livros para ler durante o ano, bons títulos, para fazer o ‘detox’ do pensamento.
Não há necessidade de livros técnicos. Lendo de duas a cinco páginas por dia, evitando ler na cama. Essa leitura tem que ser cronologicamente fora do período do sono higiênico. Poderá ler numa rede, durante o dia, numa poltrona. Estes são os doze passos para indução do sono higiênico.
Conclusão
Face ao que acima foi exposto, no exame das questões-problemas pré- selecionadas, tópico a tópico, por etapas, de forma concatenada; e, com base e respaldo em estudos consagrados, em manuais e recomendações e, com relação ao desafio da indagação proposta, ou seja, “Existe a possiblidade de remissão (cura) do transtorno do sono e perspectiva de se reverter esse quadro clínico adverso e angustiante?”
Entendemos, com base no que foi acima explanado que sim, é bem possível uma remissão, em que pese não integral, que seria a ideal, mas uma cura pelo menos parcial, aplicando-se com abnegação e força de vontade os passos do sono higiênico não desprezando as premissas chaves.
As pessoas que aplicaram os postulados do sono higiênico com convicção e abnegação conseguiram bons resultados. Submetemos o presente artigo de opinião ao crivo do tecido social ressalvando um alerta e recomendação de que jamais deixem de aderir, por ventura, a um tratamento psiquiátrico prescrito e busquem a interface com seu médico.
O driblando e a supervisão de um profissional
E ainda, nunca abandonem o enfoque alopático especialista prescrito e bem supervisionado em nome de auto ajudas e automedicação. Possuir um médico acompanhando a batalha pelo bom sono é muito importante. E por fim, importante destacar que o ato médico da prescrição é privativo do médico com registro.
Não comprem psicofármacos sem receita e supervisão de um especialista. Era o que havia a expor e segue para consideração dos interessados no tema do desafio de tentar vencer a insônia ou tecnicamente chamado transtorno do sono-vigília.
Artigo escrito por Edson Fernando. Psicanalista com pós-graduação em Neuropsicanálise e pós em Filosofia Clínica. [email protected]
One thought on “O desafio de tentar vencer o Transtorno Sono-Vigília (A insônia)”
Que artigo maravilhoso, o qual relata com inteireza de algo tão complexo que é o transtorno do sono-vigilia. Achei bem interessante, pois, por hora, sofro desse transtorno. Amei o artigo, principalmente em meditar nas escrituras sagradas.