Afinal, o que é Psicanalista, o que faz um Psicanalista, como se forma um profissional desta área? Neste trabalho, desenvolveremos o conceito de psicanálise e falaremos um pouco sobre a atuação do psicanalista.
Sendo esta abordagem relevante para enfatizar a importância do seu papel nessa brilhante profissão de forma consciente, digna e honrosa tarefa de ser psicanalista.
Como objetivos, buscaremos neste trabalho demonstrar a importância da ética profissional, a importância do psicanalista, a importância fundamental do respeito para com o paciente e com o que ele sente. Isso, sempre visando o melhor caminho para contribuir em amenizar suas angústias e sofrimentos, sintetizando ideias e pontos de vista de vários autores sobre o tema.
Índice de Conteúdos
- Introdução. Na primeira parte do trabalho, abordaremos o conceito de psicanálise e terapia e psicanalista o que é ou mesmo o significado de psicanalista.
- Segunda parte. Já na segunda parte, focaremos em demonstrar a importância da psicanálise, a questão da ética e da moral na psicanálise, a atuação do psicanalista, o que é psicanalista e o respeito para com o paciente e com o que ele sente.
- Terceira parte. A análise e o estudo da ética e moral na psicanálise.
- Quarta Parte. Aqui, nos aprofundaremos no papel do psicanalista.
- Quinta Parte. Abordaremos a questão do respeito do psicanalista com o paciente.
- Conclusão. Destacaremos alguns dos principais ensinamentos deste estudo.
Para atingir esses objetivos, utilizamos o método de revisão bibliográfica, identificando informações necessárias em estudos da literatura e sua avaliação crítica. Ainda, fazendo uma separação entre as opiniões e ideias dos autores, descrição do conhecimento especializado no seu estado atual e promoção de impacto sobre a importância de se tornar um psicanalista.
Introdução: O que é Psicanalista?
A psicanálise é um campo independente de estudo da Psicologia, originário da Medicina, criado por Sigmund Freud. Freud trabalhou no Hospital Geral de Viena e teve uma parceria com o neurologista francês Jean-Martin Charcot, que lhe mostrou o uso clínico da hipnose.
O processo psicanalítico também parece funcionar com alguma contabilidade. Isso, ao permitir que o sujeito descarte um possível quantum de alegria, como um preço para o acesso ao desejo que, que é indestrutível, habita no conhecimento inconsciente e insiste em ser revelado “em seu eterno vagando pelas ruas do signatário”. (MELLO; COIMBRA, COIMBRA; LISBOA; VILELA, VILELA; ANCHIETA, 2004)
Terapia, psicanálise e psicanalista
A palavra TERAPIA significa “cuidado”, “tratamento”. No caso da psicoterapia,é “um cuidado da alma, da mente, das emoções”.
Fazer TERAPIA significa procurar cuidado por si mesmo. Assim como alguém vai a uma academia, faz dieta, mesmo que não esteja doente, e faz isso para manter a saúde, a terapia também é uma oportunidade (não só para pessoas que têm distúrbios emocionais), mas para pessoas saudáveis, mas que estão passando por crises em relações internas ou conflitos.
A terapia fornece melhor conhecimento em um contexto – um ambiente (ambiente analítico) onde há uma escuta (técnica e sem julgamentos) pelo terapeuta. É diferente de uma conversa com um amigo, a família – embora isso também seja importante no desenvolvimento psicoemocional de qualquer pessoa [6].
Outros pensadores de idéias psicanalíticas desenvolveram mais preceitos freudianos. Como Melanie Klein, Donald Winnicott, Anna Freud.
Freud, Pierre Fédida, Laplanche, Pontalis, Lacan, Enrique Pichon Riviére, dos quais os conceitos exerceram uma enorme influência na psicanálise contemporânea.
A importância da psicanálise e do psicanalista
A principal contribuição da psicanálise para o desenvolvimento humano está relacionada às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Busca descrever mudanças qualitativas, que visam fazer com que as pessoas entendam conflitos emocionais inconscientes. (FREUD, 1896)
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A psicanálise é uma abordagem terapêutica que trabalha com o inconsciente. Através do psicanalista,o indivíduo é incentivado a refletir sobre o próprio universo interior.
Já que não conhecemos as manifestações do inconsciente e não entendemos certos sintomas e comportamentos que temos antes da vida. Ao analisar o inconsciente, a psicanálise ajuda a modificar as atitudes que temos diante de nossas relações.
Psicanálise e psicanalista em transformação pessoal
A psicanálise pode proporcionar mudanças pessoais e facilitar a vida com situações dolorosas.
A psicanálise pode atuar:
- na ansiedade e estados depressivos;
- em pânicos e fobias;
- vários traumas;
- transtornos psicossomáticos;
- disputas matrimoniais;
- distúrbios alimentares e vários distúrbios psíquicos.
A psicanálise traz mudanças na vida pessoal, interpessoal e familiar.
A ética e a moral por trás do que é um psicanalista
Toda cultura e sociedade institui uma moralidade, ou seja, valores relativos ao bem e ao mal, ao que é permitido e proibido, e à conduta correta,válida para todos os seus membros.
Culturas e sociedades fortemente hierárquicas com diferenças em castas ou classes muito profundas podem até possuir moral diferente, cada uma referindo-se aos valores de uma casta ou classe social.
No entanto, a mera existência da moralidade não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, ou seja, uma reflexão que discute, problematiza e interpreta o significado dos valores morais. (CHAUI, 2000)
A psicanálise mostra que somos o resultado e a expressão da nossa história de vida. Não somos autores ou professores de nossa história, mas efeitos dela.
O sujeito ético,ou seja, a pessoa, só pode existir se estiver ciente de si mesmo e dos outros, ser dotado de vontade, capacidade de controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, sentimentos e capacidade de deliberar e decidir, ser responsável e ser livre.
Psicanalítico x Psicanalista
Como princípios da ética psicanalítica consideramos o Psicanalista na relação consigo mesmo, com o Profissional e sua relação com seus pacientes, sua conduta como Profissional de interações e sua relação com “sua” Sociedade. (CHAUI, 2000)
Quando falamos de ética, é quase inevitável pensar na moralidade. A definição de ética e moral leva à insinuação de que ambos assumem a mesma identidade. Nesta protuberância, a ética seria a teoria dos costumes, ou a ciência dos costumes, enquanto a moralidade seria tomada como ciência, como é o objeto dela.
Ética é o conjunto de normas morais pelas quais o indivíduo deve orientar seu comportamento na profissão que exerce e é de fundamental importância em todas as profissões e em todo ser humano tudo isso para que possamos viver relativamente bem em sociedade. (JORGE, s.d.)
Psicanálise e psicanalista, por Lacan
Para Lacan, o desejo do analista é o que, em última análise, opera na prática da psicanálise. Portanto, é ético na psicanálise que todo analista investigue, em sua análise, seu desejo de ser analista.
Se o analista não der vazão ao seu desejo, ou seja, questiona o que é melhor para ele, ou o que ele considera “certo”, ou “ideal” para o seu paciente, então isso inviabilizará o desejo do paciente de se manifestar. A regra da abstinência é a correlação direta da livre associação.
Esta é a máxima lacaniana sobre a ética da psicanálise para o analista: “Não ceda ao seu desejo”. A ética na psicanálise propõe ao analista acolher, mas nunca responder, à demanda que a análise o direciona. (ROSA e ROSA, 2009).
O papel do psicanalista, qual é o psicanalista?
Uma análise é assim: requer paciência de ambos os lados, leva tempo para amadurecer vulnerabilidades, aceitá-las, re-brandas. Pode haver resultados valiosos sem a quietude interna obtida pela quietude do ambiente(ambiente terapêutico).
Não há nada mais importante a fazer antes que haja um problema inteiro lá, embora muitas vezes tenha sido despedaçado.
O papel do analista é, portanto, estar lá, observando e ouvindo atentamente aquela pessoa cheia de feridas internas, comunicada verbalmente, não verbalmente e até mesmo incomunicável. No início não há nada para fazer, apenas para acolher,não há um guia claro para o paciente fazer.
Paciente x o psicanalista
As palavras do paciente contam sua história. O analista se segura, com os olhos e algumas perguntas de pesquisa.
Você pode até arriscar uma declaração para ver se segue o caminho do paciente, mas não o contrário, no sentido de guiá-lo. O guia virá do próprio paciente,eventualmente.
E cabe a nós saber como apoiá-lo e ajudá-lo a apoiar esse processo e, gradualmente, vinculá-lo às teorias estudadas, sempre tendo em vista a singularidade da história daquele paciente [6].
O respeito do psicanalista pelo paciente
De acordo com o Código de Ética do Psicanalista, VII, Direitos do Paciente, Artigo 9º:
VII – Direitos do Paciente
9º – Os direitos do paciente são:
- A liberdade de desconfiar do profissional;
- Liberdade para escolher seu profissional;
- O direito de encerrar o tratamento a qualquer momento, sem ter que dar satisfação ao profissional acompanhante;
- Direito de exigir o cumprimento integral do contrato psicoterapêutico;
- O direito de não aceitar mudanças nos horários para satisfazer o profissional e o direito de falar ou calar-se no horário permitido durante a sessão;
- Direito aos recebimentos de pagamentos feitos ao profissional para futuros descontos no imposto de renda, se desejar.
O que é psicanalista: é a busca da verdade do paciente
O psicanalista deve buscar a verdade única do paciente. E essa verdade só emergirá entre as linhas do discurso da análise, onde seu discurso tropeça e se revela das formações do inconsciente ou se apresenta na forma de resistência, ou mesmo quando uma transformação é operada na relação transferencial.
Ou como Leclaire lhe diz: “… todo o nosso trabalho será realizado para entender a ordem da verdade que se pede para se manifestar na situação psicanalítica.” (LECLAIRE, 1977: p. 16)
A psicanálise é uma abordagem terapêutica que trabalha com o inconsciente. Através do psicanalista, o indivíduo é incentivado a refletir sobre o próprio universo interior.
Já que não conhecemos as manifestações do inconsciente e não entendemos certos sintomas e comportamentos que temos antes da vida. Ao analisar o inconsciente, a psicanálise ajuda a modificar as atitudes que temos diante de nossas relações.
A psicanálise pode promover a transformação pessoal e facilitar a convivência com situações difíceis e dolorosas. O psicanalista é o profissional que realiza esse processo de mudança.
Atos de psicanálise:
- ansiedade e estados depressivos leves;
- pânico e fobias;
- vários traumas;
- transtornos psicossomáticos;
- disputas matrimoniais;
- distúrbios alimentares e
- vários distúrbios psíquicos.
A psicanálise mostra que somos o resultado e a expressão da nossa história de vida. Não somos autores ou professores de nossa história, mas efeitos dela.
A questão da psicanálise
O sujeito ético, ou seja, a pessoa, só pode existir se estiver ciente de si mesmo e dos outros, ser dotado de vontade, capacidade de controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, sentimentos e capacidade de deliberar e decidir, ser responsável e ser livre.
Como princípios da ética psicanalítica consideramos o Psicanalista na relação consigo mesmo, com o Profissional e sua relação com seus pacientes, sua conduta como Profissional de interações e sua relação com “sua” Sociedade.
A principal contribuição da psicanálise para o desenvolvimento humano está relacionada às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Busca descrever mudanças qualitativas, que visam fazer com que as pessoas entendam conflitos emocionais inconscientes. (FREUD, 1896)
Cargo de analista – psicanalista
O papel do analista é, portanto, estar lá, observando e ouvindo atentamente aquela pessoa cheia de feridas internas, comunicada verbalmente, não verbalmente e até mesmo incomunicável. No início não há nada para fazer, apenas para acolher, não há um guia claro para o paciente fazer.
As palavras do paciente contam sua história. O analista se segura, com os olhos e algumas perguntas de pesquisa. Você pode até arriscar uma declaração para ver se segue o caminho do paciente, mas não o contrário, no sentido de guiá-lo.
O guia virá do próprio paciente, eventualmente. E cabe a nós saber como apoiá-lo e ajudá-lo a apoiar esse processo e, gradualmente, vinculá-lo às teorias estudadas, sempre tendo em vista a singularidade da história desse paciente.
O psicanalista deve buscar a verdade única do paciente. E essa verdade só emergirá entre as linhas do discurso da análise, onde seu discurso tropeça e se revela das formações do inconsciente ou se apresenta na forma de resistência, ou mesmo quando uma transformação é operada na relação transferência.
Ou como Leclaire lhe diz: “… todo o nosso trabalho será realizado para entender a ordem da verdade solicitada para se manifestar na situação psicanalítica.”
Espero que com este trabalho você tenha demonstrado a importância da psicanálise. Além disso, a questão da ética e da moral na psicanálise, a atuação do psicanalista e o respeito ao paciente e o que ele sente, sempre com o objetivo da melhor maneira de ajudar a aliviar sua angústia e sofrimento.
Referências bibliográficas do artigo O que é Psicanalista
[1] «Revista Veja». Consultado em 03 de fevereiro de 2020.
[2] Ana Maria Bahia Bock/ Presidente do Conselho Federal de Psicologia
[3] Disponível em: www.significados.com.br › Psicanálise. Acesso em 08/02/2020.
[4] Disponível em: www.todamateria.com.br > Psicanálise: entenda o pensamento de Freud. Acesso em 08/02/2020.
[5] Disponível em: https://marceloslima.com/2019/10/14/para-que-serve-a-terapia/ Pra que serve a terapia?. Acesso em 08/02/2020.
[6] Disponível em: www.cristinamonteiro.com.br > o-papel-do-psicanalista-e-o-sentido-da-analise . Acesso em 11/02/2020.
[7] CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia, 2000. Disponível em: http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/convite.pdf. Acesso em 11 de fevereiro de 2020.
[8] JORGE Claudia. Ética Profissional. Disponível em: http//artigo.netsaber.com.br/resumo_artigo_7714/artigo_sobre_etica_profissional. Acesso em 11 de fevereiro de 2020.
[9] LECRAIRE, S. (1977). O Ouvido com o que convém ouvir. In: Psicanalisar. Capítulo I. Editora Perspectivas, 1977. p. 16.
[10] MELLO, C. A. A.; COIMBRA, M. L. S.; LISBOA, M. L. A.; VILELA, M. L.; ANCHIETA, S. M. Perversão – pulsão, objeto e gozo. Revista Reverso. Belo Horizonte, n. 51, p. 51-56, set. 2004.
[11] ROSA, M. I. P. D; ROSA, A. C. A Ética na psicanálise. Akrópolis, Umuarama, v. 17, n. 1, p. 41-44, 2009. Disponível em: http://revistas.unipar.br/akropolis/article/view /2841/2109. Acesso em 11 de fevereiro de 2020.
Este material sobre O que é Psicanalista? Um Guia Completo foi desenvolvido por Teresa Aveiro , concluinte do nosso Curso de Formação em Psicanálise Clínica (conheça e se inscreva no Curso: 100% online, matrículas abertas)