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Filme O Som do Silêncio (2020): resumo e análise

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Ah, a beleza e o poder do silêncio. Em um mundo que valoriza a comunicação constante e o barulho ensurdecedor da vida cotidiana, o filme O Som do Silêncio vem como um alerta.

Este filme nos apresenta Ruben Stone, um baterista de metal que se vê em uma encruzilhada da vida: perder a audição. O que se segue é uma viagem emocionalmente carregada que nos leva às profundezas da condição humana, da adaptação e da resiliência.

Sinopse do filme O Som do Silêncio

Ruben é um baterista talentoso que vive para sua música e sua banda. Porém, seu mundo desmorona quando ele começa a perder a audição. Ele se vê forçado a abandonar a estrada, a música e até mesmo sua parceira de banda e relacionamento. Ruben precisa, então, fazer uma escolha difícil: aprender a viver em um mundo sem som.

Desesperado por encontrar soluções rápidas, ele inicialmente busca tratamentos médicos que poderiam, teoricamente, trazer sua audição de volta. Mas a solução real vem de uma comunidade de surdos que o acolhe e o ensina a encontrar beleza e significado no silêncio e na linguagem de sinais.

o som do silencio mapa mental

Entre as principais lições trabalhadas no filme, podemos destacar:

1. Aceitação e adaptação:

  • O filme é poderoso não apenas em sua representação da surdez, mas também na forma como aborda a aceitação. A negação inicial de Ruben é algo que muitos de nós enfrentamos quando a vida joga um obstáculo em nosso caminho. Mas a verdadeira libertação acontece quando ele aceita sua nova realidade e aprende a viver de forma adaptada, embora diferente.

2. O papel da comunidade:

  • Outro ponto alto é a importância da comunidade. Por meio do convívio com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes, Ruben encontra um senso de pertencimento e aprende a comunicar-se de uma nova maneira. É uma lição valiosa sobre como as conexões humanas podem nos ajudar a superar até mesmo os obstáculos mais difíceis.

3. Resiliência e redescobrimento

  • Ruben não apenas aprende a se adaptar, mas também a redescobrir sua identidade. Longe dos palcos e do ritmo acelerado da vida que estava acostumado, ele encontra paz e um novo sentido para sua existência.

Resumo do filme O Som do Silêncio

O cenário e os personagens

Ruben Stone, um baterista de metal, não é apenas apaixonado por sua arte; ele vive por ela. Ele e sua namorada Lou formam mais do que uma banda — eles são uma unidade, emocional e musicalmente.

Com um trailer como casa e a estrada como seu endereço permanente, o casal adota um estilo de vida nômade que é tanto excitante quanto instável.

O início da crise

O cotidiano do casal é abruptamente interrompido quando Ruben começa a perder a audição. O impacto é devastador. Imaginem um músico sem o sentido mais vital para sua arte!

Desesperado, ele procura ajuda médica, agarrando-se à esperança de que a condição seja temporária. O diagnóstico, no entanto, é um golpe duro: sua surdez é irreversível.

Um novo começo em uma comunidade de surdos

Sem escolhas e confrontado com a realidade de que sua vida nunca mais será a mesma, Ruben deixa sua amada Lou e a vida que conhecia para trás. Ele se muda para uma comunidade de surdos, uma espécie de santuário administrado por Joe, um veterano da Guerra do Vietnã que também é surdo.

A influência de Joe

Joe não é apenas o administrador da comunidade; ele se torna o mentor de Ruben. Ele introduz ao mundo da língua de sinais e, mais importante, ao silêncio como uma forma de existência, e não como um déficit. Joe sabe uma coisa ou duas sobre traumas e reinvenções; afinal, ele perdeu a audição em uma emboscada na Guerra do Vietnã. Ele representa a serenidade e a aceitação que Ruben inicialmente resiste, mas finalmente entende.

O processo de adaptação

O tempo na comunidade é um período de autoconhecimento intenso para Ruben. Ele aprende não apenas a linguagem de sinais, mas também a lidar com o silêncio, tanto o externo quanto o interno. No entanto, essa transição não é isenta de dor. Ele enfrenta momentos de raiva, negação e isolamento antes de aceitar seu novo eu.

Confrontando medos e preconceitos

Ruben não é apenas desafiado a adaptar-se fisicamente, mas também emocional e mentalmente. Ele tem que lidar com o preconceito da sociedade em relação à surdez, bem como com seus próprios preconceitos internalizados.

O filme mostra esse conflito interno e como Ruben consegue, passo a passo, encontrar um novo equilíbrio e uma forma renovada de enxergar o mundo — não mais apenas através do som, mas por meio de novas formas de conexão e comunicação.

Uma transformação abrangente

Ao final do filme, vemos um Ruben transformado. Ele não recuperou sua audição, mas ganhou algo possivelmente mais valioso: uma nova perspectiva sobre o que significa viver e se conectar com os outros. E embora ele tenha abandonado a banda e a vida que costumava conhecer, ele encontra uma nova forma de ser, de se relacionar com o mundo e, mais fundamentalmente, de ser ele mesmo.

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    O que podemos aprender com O Som do Silêncio?

    1. A sermos mais resilientes

    Um dos ensinamentos mais poderosos do filme é a resiliência — a capacidade de se adaptar e crescer diante das adversidades. Esta ideia está fortemente ligada ao conceito psicológico de resiliência psicológica, uma característica que permite que alguns indivíduos se recuperem de situações traumáticas mais rapidamente e mais completamente do que outros. No caso de Ruben, vemos como a resiliência é cultivada, não apenas inata. É um processo, uma escolha e, às vezes, um ato de pura vontade.

    2. Aceitação radical e o wgo

    O tema da aceitação também ecoa nas teorias da psicologia e psicanálise. A aceitação radical é um termo que vem da Terapia Comportamental Dialética e se refere ao ato de aceitar a realidade como ela é, não como gostaríamos que fosse.

    Da perspectiva psicanalítica, pode-se até relacionar a jornada de Ruben à ideia freudiana de negociação entre o ego, o id e o superego. Ruben tem que renegociar sua relação com essas instâncias psíquicas para encontrar um novo equilíbrio que permita a aceitação de sua nova realidade.

    3. A entender a comunidade como em espelho

    O poder da comunidade em facilitar essa aceitação também tem raízes na psicologia social. Somos seres sociais, e como tal, nosso sentido de identidade é muitas vezes refletido e formado pelas comunidades às quais pertencemos.

    Isso nos remete à teoria do espelho de Jacques Lacan, onde o sujeito ganha autoconsciência através da relação com o outro. No caso de Ruben, a comunidade de surdos age como esse espelho, refletindo uma nova imagem de si mesmo que ele pode aprender a aceitar.

    4. Como os traumas podem nos transformar

    Finalmente, o filme explora como o trauma pode ser tanto destrutivo quanto transformador. Isso lembra a teoria do crescimento pós-traumático na psicologia, onde alguns indivíduos relatam mudanças positivas e crescimento pessoal como resultado de enfrentar situações adversas.

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    Considerações finais sobre o Som do Silêncio

    “O Som do Silêncio” não é apenas uma história de perda e recuperação; é um profundo estudo de personagem que nos oferece várias lentes — algumas até mesmo acadêmicas — para examinar a condição humana.

    O filme nos mostra que mesmo nas circunstâncias mais difíceis, há espaço para crescimento, mudança e, acima de tudo, aprendizado. E isso, sem dúvida, é uma das lições mais valiosas que podemos levar conosco.

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