Este artigo irá percorrer uma breve história da psicanálise. Óbvio que será algo muito resumido, mas que pretende dar uma primeira visão a quem está começando agora seus estudos neste incrível campo do saber.
A história da Psicanálise possui várias partes que precisam ser estudadas cuidadosamente.
Índice de Conteúdos
História da Psicanálise – Um método criado para revelar uma linha de pensamento
A história da Psicanálise teve como precursor o médico Sigmund Freud, na passagem do século XIX para o século XX, e é baseada no estudo da Hermenêutica.
Esse método de psicoterápico, através do método da associação livre, foi criada para revelar uma linha de pensamento (isso ao falar livremente).
Psicanálise – Investigação e tratamento
Essas linhas são conectadas a ideias aparentemente desconexas, fazendo com que o indivíduo passe a conviver melhor consigo ou até se curar. Sendo a psicanálise uma forma de investigação e tratamento, essa prática é denominada análise psicanalítica.
O seu autor viajou para a França para agregar mais conhecimentos, assim conheceu um colega que estava usando um método revolucionário para doenças nervosas.
A troca da hipnose pelo método catártico
Após um estágio volta para seu país e inicia o tratamento chamado de sugestão hipnótica, que teve derivações para o método catártico. Posteriormente, o mesmo percebeu que não havia necessidade de hipnotizar para trazer conteúdos inconscientes para tratá-los, surgindo o terceiro e definitivo método freudiano: a associação livre.
Na fase inicial pré-associação livre, Freud, o pai da psicanálise, achando-se imaturo em sua técnica, passa a desenvolver estudos com o médico Josef Breuer e popularizando o trabalho com o método catártico, ambos publicaram estudos sobre a histeria. Assim ela passou a ser o centro dos estudos iniciais da psicanálise.
Um olhar sobre a história da psicanálise- A terceira fase narcisista da humanidade
A histeria do século XIX possibilitou ter os conceitos freudianos do sujeito humano, conflituoso, voltado para o sexo, alienada a si mesmo, que persiste no começo deste século.
A histeria ainda determinou o que é ser humano e continua a fazê-lo. Estes estudos revolucionários colaboraram com os valores sociais da época. Freud considerava a psicanálise como a Terceira Ferida Narcísica da Humanidade, por trazer a ideia de que o ser humano não tem controle sobre toda a sua mente. Afinal, existe o Inconsciente.
A energia pulsional instintiva
Freud se viu na necessidade de elaborar determinadas construções teóricas, vindo a descrever os processos psíquicos, seus achados clínicos, quanto ao ponto de vista econômico, dinâmico e tópico: O sistema econômico é a distribuição de energia dentro do aparelho psíquico.
Trata-se de energia pulsional instintiva; o ponto de vista dinâmico é que sempre há no aparelho psíquico suas duas forças opostas quando o interior do indivíduo se opõem, forças contrárias. Do ponto de vista tópico supõe uma diferenciação do aparelho psíquico em certos lugares diferentes e forma de funcionamento.
A organização do aparelho psíquico
O entendimento desses conceitos possibilitou a Freud a organização do aparelho psíquico em três instâncias psíquicas, em sua primeira tópica:
- inconsciente (ICS)
- pré-consciente (PCS)
- consciente (CS)
Seu pensamento nesta fase foi chamado de Primeira Tópica, que depois se modificou, na Segunda Tópica (abaixo), no ano de 1923. Neste considera o aparelho psíquico composto por três instâncias:
- Id
- Ego
- Superego
A influência de Freud sobre os cientistas da época
O criador da Psicanálise influenciaria as mentes de cientistas de sua época, muitos convergiam com seus pensamentos já outros divergiam, porém tinham como base o seu saber. Foram os seguintes médicos, que ampliaram os conceitos da psicanálise.
Carl Jung foi colega do criador da psicanálise, porém houve divergências de pensamentos o mesmo separou-se de Freud, criando um novo conceito o Inconsciente coletivo e a psicologia analítica.
As fases primordiais de Melanie Klein
Melanie Klein é autora de uma nova teoria em que descreveu duas fases primordiais.
A primeira fase denominada posição Esquizoparanóide, que corresponde aproximadamente aos três primeiros meses de vida.
A segunda fase, denominada posição, dependia do tipo de relação que o bebê estabelecia com sua Mãe. Ela mesma com sua nova teoria não rompe com Freud devido tratar-se de crianças, função que coube também a filha do criador da psicanálise.
A percepção do outro sobre o entendimento do sujeito
O inglês Bion, que ampliou o conceito original de Melanie Klein sobre identificação projetiva, o que o levou e concebeu uma distinção entre fundamentos psicóticos e não psicóticos da personalidade, dentro de um mesmo indivíduo, e também trabalhou com terapia de grupos.
Uma das ideias revolucionárias de Jacques Lacan é de que o inconsciente não seria uma manifestação do Eu, mas sim do outro, ou seja, o sentido de si seria constituído pela percepção do outro, sobre entendimento do sujeito composto por três ordens: imaginária, simbólica e real.
A divisão da Psicanálise por Zimerman
Com toda evolução tecnológica e pela própria ciência neurológica, através de exames fidedignos, não conseguem superar a psicanálise. Existem distorções e até desentendimentos, porém elas permanecem sem alterações no conceito inicial pelo seu criador.
Zimerman propõe uma divisão didática a qual divide a psicanálise em três categorias: Ortodoxa, Clássica e Contemporânea.
A amplitude da utilização da psicanálise
A Psicanálise Ortodoxa em sua gênese, analisava os conteúdos reprimidos, os desejos proibidos, entre outras formas de inibição e a técnica aplicada era muito rígida.
A Psicanálise Clássica foi ampliando novas formas de atendimento para além dos pacientes neuróticos, pessoas com outras formas de personalidades a serem tratados.
No tocante da Psicanálise Contemporânea, há priorização dos vínculos entre o par analítico (paciente – analista). O rigor teórico e técnico acaba cedendo a uma naturalidade. Este conceito cabe a cada teórico buscar uma forma na qual ele se identifique e proponha na realização prática clínica.
14 thoughts on “Breve, brevíssima história da Psicanálise”
Tenho uma dúvida. Um dos tópicos deste texto diz: “A troca da hipnose pelo método catartico”. Mas entendi pelas leitida da apoatila, que usar de hipnose se denominou MÉTODO CATÁRTICO. Entao fiquei em dúvida a ler este tópico.
Podem me ajudar, por favor?
Danielle, tudo bem? Temos este artigo que explica melhor o método da sugestão hipnótica (fase inicial de Freud com Charcot), o método catártico (fase posterior, de Freud com Breuer) e, por fim, o método da associação livre (entendido como o método de maturidade de Freud).
Querido, a uma diferenciação na hipinose e o método catártico…
Na hipinose o doente era levado a um outro estado de consciência onde o inconsciente poderia ser acessado e aquilo que foi reprimido e estava oculto pudesse vir a tona… O método catártico era reviver o trauma de forma consciente para então ser tratado e seus sintomas serem diminuídos ou até mesmo curados.
Ola Danielle, na verdade não foi feita uma troca, o método catártico foi um aperfeiçoamento da hipnose. Era a hipnose em conjunto com a técnica de rememoração.
Ola sou a Rosa iniciei meu estudo na 2a feira 24/08 e estou gostando muito do conteudo ate agora.
gostaria de orientação sobre minha forma de estudo, estou acessando os links sugeridos no decorrer do módulo, e gostaria de saber se essa é a melhor forma, ou será mais produtivo acessa-los no final de cada modulo?
Oi, Maria Rosa. Obrigado por sua mensagem. Ficamos felizes por estarmos juntos nesta jornada. Para as provas, você precisa estudar as apostilas e os vídeos, restritos a alunos. Os artigos aqui do blog são conhecimentos adicionais, que você pode estudar quando melhor lhe convier. Att., Equipe Psicanálise Clínica.
Iniciei o curso no dia 21/03/2021 e estou revendo alguns conceitos que estudei para minha dissertação de mestrado em Linguística Aplicada, que tratou da questão da sexualidade em uma obra literária norte-americana. Estou gostando da maneira como os conteúdos estão divididos no Módulo 01, entretanto tenho algumas observações sobre as referências bibliográficas (por exemplo:
BARACAT, Juliana. Um breve histórico de histeria: de Freud a Lacan. Revista Científica Eletrônica de Psicologia, Garça/SP, Ano VII, n. 13, s.p., nov. 2009., que está incompleta e citada erroneamente na página 15 do referido módulo). Da mesma forma, há a necessidade de uma revisão textual do módulo, uma vez que há problemas de concordância verbal e nominal, por exemplo, “considerando os personagens históricos que o ajudou no desenvolvimento das ideias iniciais de sua ciência” (p. 11), que deveria ser “… que o ajudARAM …”.
No mais, as sugestões para os artigos publicados são interessantes. Espero que os módulos vindouros sejam tão bem organizados e com uma maior atenção nas questões apontadas acima.
nossa heim?? Quanto conteúdo, todos muito bom
INICIEI O CURSO DIA 20/10/2021 E ESTOU GOSTANDO DO CONTEÚDO E ESPERO APRENDER MUITO NESTE CURSO!
Bom dia! Conteúdo bom, mas muito mal escrito, tanto que prejudica a compreensão. Favor corrigir concordância, sintaxe e até ortografia.
No mais estou gostando muito do curso.
Bom dia. Como o próprio título diz, “Brevíssima história”. Sim esta bem resumida mas com bom entendimento.
O conteúdo é sintético e objetivo, mas há equívocos de construção sintática que prejudicam a leitura e compreensão.
O conteúdo está com escrita péssima, perdendo o sentido em alguns trechos, o autor não soube resumir e retirou conexões importantes para o entendimento, não parece que foi revisado.
Rachel, tudo bem? Toda crítica tem um viés indireto de diminuir o outro. Acaba que diz mais a respeito do crítico do que do criticado. Publicamos em média 4 artigos por dia e revisamos com frequência os artigos publicados. Mas não somos perfeitos, nem achamos possível a perfeição. Acreditamos que é melhor fazer e disponibilizar (gratuitamente, diga-se) e depois ir fazendo melhoras graduais. Para sua crítica ser um pouco menos destrutiva, você poderia especificar quais os erros e trechos que merecem ser alterados e quais as alterações propostas? Muito obrigado.