O que são doenças mentais: definição, tipos e tratamentos

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Doença mental é uma condição médica que afeta a emoção, o pensamento ou o comportamento de um indivíduo, podendo impactar negativamente sua capacidade de interagir socialmente ou executar tarefas cotidianas. Tal como acontece com outras condições médicas como doenças cardíacas ou diabetes, não há motivo para vergonha em ter uma doença mental.

A prevalência da doença mental varia de acordo com o local e a população. Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que cerca de 19% dos adultos enfrentam algum tipo de doença mental. Além disso, 4,1% têm uma doença mental considerada grave, e 8,5% foram diagnosticados com um transtorno de uso de substâncias.

No Brasil, a situação também é preocupante. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 12% da população brasileira, ou 23 milhões de pessoas, apresentam sintomas de transtornos mentais. Destes, cerca de 5% sofrem de transtornos mentais graves e persistentes.

É crucial ressaltar a importância do tratamento e do suporte social para quem lida com essas questões. E, sobretudo, combater o estigma associado às doenças mentais, que muitas vezes impede as pessoas de buscar ajuda. Neste artigo vamos te mostrar o que são doenças mentais, qual é a definição, os tipos e tratamentos. Continue comigo!

Saúde mental e doenças mentais são a mesma coisa?

Saúde mental é um estado de bem-estar em que uma pessoa é capaz de lidar de forma eficaz com as demandas e desafios do dia a dia. Isso envolve manter um equilíbrio nas atividades produtivas, como trabalho e estudos, bem como manter relacionamentos saudáveis e uma capacidade de adaptação às mudanças e situações adversas.

Por outro lado, a doença mental se refere a condições de saúde que causam alterações significativas no pensamento, emoção ou comportamento de um indivíduo. Essas condições geralmente resultam em angústia e dificuldades nas atividades sociais, profissionais e familiares. Portanto, a saúde mental é um elemento essencial para o bem-estar pessoal e emocional e tem um impacto direto na comunidade e na sociedade como um todo.

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Muitas pessoas relutam em falar abertamente sobre suas condições de saúde mental, o que é lamentável. Ter uma doença mental não é algo de que se envergonhar. Assim como doenças cardíacas ou diabetes, é uma condição médica que pode ser tratada. Graças à pesquisa contínua na área da psiquiatria, as opções de tratamento estão sempre evoluindo.

A doença mental não faz distinções; ela pode afetar qualquer pessoa, independentemente de idade, sexo, localização geográfica, renda ou identidade cultural. Importante ressaltar que cerca de 75% de todas as doenças mentais se manifestam antes dos 24 anos de idade. Além disso, elas podem variar em gravidade, desde fobias específicas que têm um impacto mínimo na vida cotidiana até condições graves que requerem hospitalização.

Uma doença mental é considerada grave quando resulta em um comprometimento funcional significativo, limitando uma ou mais atividades importantes da vida diária. Exemplos incluem transtorno depressivo maior, esquizofrenia e transtorno bipolar.

Quais são as causas das doenças mentais?

  • Fatores ou predisposição genética: Pesquisas mostram que fatores genéticos desempenham um papel considerável nos transtornos de saúde mental. Uma pessoa pode ter uma composição genética que a torna mais suscetível a desenvolver certos tipos de transtornos mentais. Quando essa predisposição genética é combinada com estressores externos, como problemas familiares ou no ambiente de trabalho, o risco de desenvolver um transtorno mental aumenta.
  • Fatores biológicos e neuroquímicos: Além dos fatores genéticos, o controle inadequado dos neurotransmissores cerebrais também é apontado como um possível contribuinte para os transtornos de saúde mental. Muitos especialistas na área da saúde mental acreditam que um desequilíbrio dessas substâncias químicas pode desencadear ou exacerbar sintomas mentais.

Métodos como ressonância magnética (RM) e tomografia por emissão de pósitrons (TEP) frequentemente indicam alterações estruturais ou funcionais no cérebro de pessoas com transtornos de saúde mental. Isso sugere que muitos desses transtornos podem ter um componente biológico, semelhante a condições neurológicas como a doença de Alzheimer.

Mas pesar dessas observações, ainda não é definitivo se as alterações cerebrais são a causa dos transtornos de saúde mental ou um resultado destes. A relação entre essas alterações cerebrais e a manifestação dos sintomas ainda é uma área de pesquisa ativa e muito debatida na comunidade científica.

Tipos de doenças mentais mais comuns

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), existem mais de 300 transtornos mentais catalogados. Com o aumento da procura por ajuda profissional, há também um maior conhecimento sobre a prevalência desses transtornos na população.

1. Ansiedade:

Este é um dos transtornos mais prevalentes no Brasil, afetando 9,3% da população. A ansiedade vai além de um nervosismo passageiro, tornando-se um problema quando interfere nas atividades diárias ou causa sofrimento. Sintomas comuns incluem preocupação constante, palpitações, falta de concentração e insônia.

2. Depressão:

A depressão é um estado persistente de tristeza e desânimo que interfere na rotina diária. Sintomas comuns incluem apatia, insônia e mudanças de peso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,8% da população brasileira sofre de depressão.

3. Transtornos Alimentares:

Presentes em 4,7% da população, aumentando para 10% na adolescência. Anorexia e Bulimia são os mais comuns. Na Anorexia, a pessoa perde peso intencionalmente e tem medo de ganhar peso. A Bulimia envolve ciclos de comer em excesso seguidos de métodos para eliminar as calorias. É mais comum na adolescência.

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    4. Transtorno Bipolar:

    Caracteriza-se por oscilações extremas de humor e dificuldades de socialização. Afeta aproximadamente 4% dos brasileiros.

    5. Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC):

    Aproximadamente 2% dos brasileiros são afetados pelo TOC. Caracterizado por obsessões e compulsões, como a necessidade de limpeza ou simetria. At

    6. Esquizofrenia:

    A esquizofrenia afeta cerca de 2 milhões de pessoas, ou seja, 1% da população. É um transtorno psicótico que afeta o pensamento e a percepção, levando a um comportamento desorganizado e a um afastamento da realidade.

    7. Estresse Pós-traumático:

    O estresse pós-traumático varia entre 1% a 3% dos brasileiros. É um tipo de ansiedade que ocorre após eventos traumáticos.

    8. Transtorno de Personalidade Borderline:

    O Transtorno de Personalidade Borderline atinge 6% da população mundial. Caracteriza-se por emoções instáveis e variações extremas de humor.

    o que sao doencas mentais resumo

    Tratamentos de doenças mentais

    O tratamento de doenças mentais evoluiu de forma impressionante nos últimos anos, permitindo que hoje se alcance sucesso no tratamento de diversos transtornos mentais, comparável ao êxito obtido no tratamento de doenças físicas.

    Os métodos de tratamento podem ser divididos em duas categorias: somáticos e psicoterapêuticos.

    Tratamentos Somáticos

    Nesta categoria, encontram-se os medicamentos, a eletroconvulsoterapia e outros métodos que estimulam o cérebro. Portanto, medicamentos como antidepressivos e antipsicóticos são frequentemente prescritos.

    Médicos usam cada classe de medicamento para tratar um tipo específico de transtorno, como depressão ou ansiedade. Além disso, usam estabilizadores de humor para tratar o transtorno bipolar.

    Tratamentos Psicoterapêuticos

    A psicoterapia é uma prática que evoluiu significativamente e é usada para uma variedade de doenças mentais. Abordagens terapêuticas incluem terapia comportamental, terapia cognitiva e terapia interpessoal, entre outras.

    • Abordagem Combinada: Pesquisas sugerem que uma combinação de tratamento farmacológico e psicoterapia é muitas vezes mais eficaz do que qualquer uma das abordagens isoladamente.
    • Profissionais Envolvidos: O tratamento não se restringe apenas a psiquiatras. Psicólogos clínicos, enfermeiros psiquiátricos e assistentes sociais também desempenham papéis importantes. No entanto, é importante notar que apenas psiquiatras e alguns enfermeiros práticos podem prescrever medicamentos.
    • Novidades em Psicoterapia: Recentemente, houve avanços significativos em tipos específicos de psicoterapia, como a terapia cognitiva, que ajuda o paciente a reconhecer e mudar padrões de pensamento prejudiciais. Terapias de exposição também são eficazes para tratar fobias.

    Enfim, o tratamento das doenças mentais, é um campo em constante evolução. Além disso, o tratamento combinado, envolvendo tanto aspectos somáticos quanto psicoterapêuticos, demonstrou ser o mais eficaz para diversas condições.

    Então, com os avanços da medicina e da terapia, mais pessoas têm agora a oportunidade de levar uma vida plena e gratificante, mesmo quando confrontadas com doenças mentais!

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