Arquétipo da máscara

Arquétipo da máscara e sombra para Carl Jung

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Você já parou para refletir se está vivendo seu lado do Arquétipo da máscara ou Sombra da personalidade? Neste artigo o autor Marco Bonatti analisa como poder decifrar seu lado mais obscuro, profundo e autêntico da personalidade (Sombra) em contraste com a couraça externa (Máscara) que a pessoa mostra, é reconhecida, julgada, aceita e classificada pelos outros.

Para isso, vamos nos ancorar na teoria dos arquétipos de Carl Gustav Jung. Você ficou curioso? Quer descobrir como você é? Quem você é? Você vive no Arquétipo da máscara ou na sombra? EIS A QUESTÃO!

Entendendo mais sobre o Arquétipo da máscara

Se você quer saber mais sobre máscara e sombra, além de buscar um bom psicanalista clínico para fazer análise, continue a leitura e descubra a antiga lição que vêm da mitologia, as conexões com a Psicanálise Freudiana e a Psicologia Analítica Junguiana, de um passado que se faz presente e que se projeta para além do futuro do homem, perenemente em luta consigo mesmo, entre traumas, mecanismos de defesas e a eterna necessidade de afirmar sua natureza e essência. Uma pequena nota antes de começar o artigo. O MITO não é uma falsidade, mas a OPORTUNIDADE, através da metáfora e da analogia, de desvendar os mistérios mais ocultos e profundos do homem e da Alma do Mundo.

Para Carl Gustav Jung, existe uma imagem do Mundo que antecede a existência da humanidade, uma raiz comum a todas as raças ou culturas, épocas ou lugares, da qual brota a consciência humana. Esta imagem é conhecida como ARQUÉTIPO, o princípio de todas as coisas. A imagem arquetípica, que se manifesta através dos símbolos, brota nos sonhos, no folclore, nos contos de fadas, nas fantasias, nos pensamentos arcaicos e sobretudo nos mitos.

Toda humanidade deposita nelas uma forte carga de afetividade, emoção e logo é encarnada na personalidade, na camada mais profunda que constitui o inconsciente colectivo (algo invisível como a mão dos Deuses, sútil como o vento, que tudo toca sem ser visto). Ergo, o mito (sutil e invisível como o vento) é o meio mais próximo dos Deuses para conhecer a Verdade do Mundo e revelar o inconsciente da humanidade.

O mito de Pandora e o Arquétipo da máscara

Desde sempre, os homens quiseram possuir os segredos proibidos do conhecimento. Inclusive na antiga Grécia, na terra de todos os Deuses a ambição, o poder e a cobiça alimentavam as disputas pelo saber eterno. Alguém um dia disse: “Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância”. Para a maioria dos povos antigos este poder e conhecimento era representado pela ALQUIMIA DO FOGO.

O fogo é um símbolo primordial que exprime força, energia, paixão, luz e calor, criatividade e destruição, mas também é o poder da transformação alquímica dos elementos. Anaxímenes (585-524 a.C) acreditava que a água é ar condensado e que o fogo é ar rarefeito, ou seja, se assopramos ar (o arché, princípio da alma) com força e os lábios bem apertados sai ar frio que transmuda em água, mas se soltamos ar com a boca bem aberta sai ar quente que no final do processo transmuda para o fogo.

O fogo é uma força ancestral que permite a junção dos elementos opostos (água e ar), permite a sublimação, ascensão, transformação, purificação e regeneração da natureza e do homem. Quem possuía o fogo era Zeus, o Deus do Olimpo. A lenda conta que Zeus, enfurecido com Prometeu (que significa quem pensa antes) que roubou o fogo divino (símbolo da eterna sabedoria) para dá-los aos homens, criou Pandora (que significa aquela que possui todos os dons).

Ainda sobre o mito

Foi assim que Zeus, após prender Prometeu a uma rocha para que uma ave comesse seu fígado, criou Pandora, a primeira de todas as mulheres a descer entre os mortais, responsável de carregar a punição e todos os flagelos da humanidade. A bela Pandora que recebeu de todos os deuses um dom, carregava a beleza de Afrodite, a sabedoria de Atenas, a música de Apolo, mas também a curiosidade de Hermes e logo que chegou na Terra e casou com Epimeteu (que significa aquilo que pensa depois), desobedeceu ao preceito de Zeus de não abrir, por nenhuma razão, o cofre que carregava.

Daquele cofre saíram todos os males, até então desconhecidos aos homens, que se espalharam para o mundo. Foi assim que a humanidade caiu numa profunda crise e conheceu a dor, a inveja, a raiva, o ciúme, a loucura e as doenças. Os homens ficaram desesperados, tristes e infelizes, e voltaram a dar atenção para os Deuses, oferecendo tributos, preces e orações. EMBORA PANDORA TENHA SOLTADO A DOR E A TRISTEZA, TAMBÉM LIBERTOU A ESPERANÇA.

Ao reabrir pela segunda vez a caixa, Pandora viu que no fundo mais obscuro estava guardada uma pequena flor íris que representa a esperança. Foi assim que os homens apesar de todas as angústias sofridas se apegaram à esperança, acreditam no arco-íris, nos sonhos e na felicidade que estão guardados no fundo invisível do cofre e que têm uma origem divina. É bem aí, na sombra do cofre do homem esconde-se o seu maior tesouro.

Interpretação Psicanalítica do mito de Pandora e o Arquétipo da máscara

Os gregos associavam a florescência da vida à Íris, a Deusa mensageira divina que trouxe de volta a esperança para os homens em forma de flor e às vezes, após a chuva, aparece em forma de arco-íris. O brilhante Psicanalista Dr. Raimundo Lima, sentado na cadeira de balanço da sua antiga casa, uma vez me disse: “Querido Dr. Bonatti, a Psicanálise é uma caixa de surpresas que pode se comparar com a caixa de Pandora. Por isso, cada caso é um caso… Nós precisamos de muita neutralidade, para lidar com a dor do outro. Porque a alma humana é muito complexa e cheia de mistérios, de surpresas, de dores reprimidas e desejos insatisfeitos. Só se aprende a alma do homem, viajando e navegando pela Alma do Mundo, amando, vivendo e sofrendo, experimentando a psicanálise no exercício da ética, do mistério e da descoberta”.

A psicanálise é um convite a abrir seu cofre, seu vaso secreto de Pandora, tirar e levantar a tampa, sondar as dores ocultas e as felicidades reprimidas que estão guardadas no fundo inconsciente. Na verdade, o mito Pandora traz um importante ensinamento para todos os homens. Em vez de punir quem decide ultrapassar a barreira e a censura externa, quem decide ir contra a lógica e a razão, quem adentra-se nos meandros sombrios guiado pelos instintos, quem vence seus medos, as normas e padrões acaba despertando e nutrindo a própria alma, obtendo o Íris da esperança.

Despertar a alma é acolher o dualismo do bem e do mal, da felicidade e da tristeza, da dor e do prazer, é ir além, experimentar o gozo da existência, encontrar a coragem de dizer “Sim à vida” e a esperança, respondendo presente aos seus chamados, apelos e pedidos. A caixa de Pandora é o símbolo da totalidade, de enxergar além da dor; da coragem de destravar as mazelas da existência; da curiosidade de vislumbrar além daquilo que é visível, de olhar para dentro e não para fora de si e no final soltar, abrir mão e esvaziar seu cofre de todos os males que o afetam.

Máscara e sombra

Porque somente quem tem coragem, vontade de encarar, ver, cheirar, tocar e desenterrar a própria sombra pode encontrar a luz, a esperança que alumbra a vida. Talvez, o maior desafio da psicanálise é isso: relembrar, repetir e re-elaborar todas as mazelas escondidas na caixa de Pandora, travadas no inconsciente do paciente, mas também descobrir os desejos e sonhos reprimidos que ainda buscam satisfação, asas para voar e um nome para decifrar seu enigma. “Não há luz sem sombras e não há plenitude psíquica sem imperfeições. A vida não requer perfeição, mas plenitude (para sua realização), e para isso é necessário ‘espinho na carne’ e sofrimento.

Sem imperfeição não há progresso nem ascensão.” (Carl Gustav Jung em “Psicologia e Alquimia”). Estamos obcecados pelo mito da perfeição e pelos modelos ideais que queremos mostrar, encarnar, vestir e encenar no dia a dia. Queremos fazer sobressair uma personagem que não somos, uma máscara que não nos pertence, que não é verdadeira, mas que é aceita, valorizada e reconhecida pelos outros. Entretanto, dentro de nós vive uma outra personagem, um outro Ser que não conhecemos. Não pode ser visto, muitas vezes é inconsciente, outras é simplesmente sufocado ou na sombra, embora nos guia e conduz.

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    Este lado obscuro da personalidade encerra todas as fantasias destroçadas da alma, fala através de sonhos, envia recados através da ansiedades e dores, quer ser ouvido, escutado e acolhido, porque ele pensa, sente e age completamente diferente de nós (do lado consciente). A crise de identidade mostra que existem dois seres diferentes (o Ego consciente e o ID Inconsciente) que habitam o mesmo corpo humano e que lutam pelo domínio, pelo poder, pela condução ou pela simples sobrevivência e preservação.

    A personagem do ID

    A personagem do ID é inalterável e não muda no tempo (atemporal), tem um espírito primitivo e independente, é insensível às proibições e aos padrões de comportamento, busca manifestar e obter sempre o que quer, seus desejos, paixões, instintos e impulsos fugindo dos controles. A outra personagem chama-se EGO, é responsável e preocupada com a opinião dos outros e a consequência dos seus atos, tem capacidade de adaptação, mecanismos de defesas e de fuga. Vive no tempo e pensa e age com a razão muitas vezes viciada pelo pensamento comum. Conserva a memória, realiza mudanças e busca a autopreservação.

    A PRIMEIRA PERSONAGEM É CHAMADA DE ELE; A SEGUNDA DE EU. A personagem EU, interpreta, encena, atua, executa e exibe uma Máscara; ao invés a personagem ELE é obscura, conserva os impulsos de vida e de morte (Eros e Thanatos) que na maioria das vezes ignoramos, representa nosso lado Sombra, a identidade secreta, o alter ego (ou seja, o outro diferente do eu) que é zelador de histórias, defeitos, percepções, visões, mundos e trilhas inexploradas, fantasias e contos de fadas, aventuras e mitos.

    O ELE representa o patrimônio e a riqueza inconsciente, a unicidade do homem. Segundo Luiz Paulo Grinberg, “A máscara, o arquétipo da Persona (a palavra vem do grego e representa a Máscara usada pelos atores no teatro) diz respeito ao que é esperado socialmente de uma pessoa e a maneira como ela acredita que deve parecer ser”. Em “O homem criativo”, Grinberg explica como a Máscara é um compromisso entre indivíduo e sociedade, é uma extensão do Ego e da consciência, das várias formas de condicionamento e expectativas (pais, professores, escola, igreja…) portanto não é somente expressão da psique individual humana, mas é consequência de uma consciência colectiva (arquetípica) carregadas de afetos, segurança, lembranças, histórias e emoções.

    O Arquétipo da máscara e seu outro lado

    O Arquétipo da máscara a máscara e persona pode expressar (aspecto positivo) a essência (SELF: SI-MESMO, personalidade autêntica) de um indivíduo e/ou ESCONDER (aspecto negativo) os atributos que não são aceitos e que são rejeitados pela sociedade e pelo próprio indivíduo. O LADO POSITIVO DA MÁSCARA A máscara pode expressar a identidade, mostrar e evidenciar a cultura e a natureza, trazer à tona o lado mais profundo da personalidade e da essência. “Com uma máscara você pode sair do seu papel/função usual e quotidiana.[…]

    Teatro e ficção são mentiras que podem dizer as verdades mais profundas. Você pode usar a energia misteriosa deles para trazer à tona seus lados sombrios: por trás do disfarce, eles não o assustam mais” (Riza psicossomática, 12/21). O Psicanalista Morelli (Riza, 12/21) aconselha uma dinâmica interessante para deixar aflorar seu lado sombra, vestindo através de (maquiagem, acessórios, roupa, corte e cores) diferentes do usual, do dia a dia, detalhes que não costumamos mostrar para os outros, mas que dizem muito de nós. Assim, por exemplo uma pessoa frágil, pode vestir uma máscara mais audaciosa, uma pessoa insegura pode vestir um detalhe aventuroso e encontrar a coragem que está sendo sufocada pelo ego frágil.

    É dizer, através do teatro se cumpre a mágica de poder expressar os lados ocultos da personalidade, vestindo no palco, a vida sufocada, uma personagem diferente do comum, mais natural que encena e encarna detalhes e particulares do Ser, emoções reprimidas que não tinham coragem e audácia para ser representadas porque reprimidas o recalcadas ou simplesmente rejeitadas.

    O lado negativo do arquétipo da máscara

    Em “O retrato de Dorian Grey” Oscar Wilde mostra a obcecação doentia pela eterna beleza e a juventude. Seu personagem Dorian é aflito por uma neurose compulsiva obsessiva de vestir uma máscara falsa, uma identidade artefacta que choca com a imagem refletida no espelho, que mostra a Alma verdadeira do homem, aquilo que ele não quer enxergar. Portanto, a Máscara é uma negação, é um desdobramento da individualidade, exibindo uma falsa imagem de si mesmo. Também em “O Espelho” de Machado de Assis (1838-1908) o homem parece ter duas almas, uma que olha para fora (a guarda nacional) e uma que olha para dentro (o homem).

    A primeira alma é uma máscara, a segunda alma é a Sombra que encobre o Self da personalidade. A “alma de fora”, vive do prestígio social, se alimenta da imagem dos outros, e é mais importante do que a “alma de dentro”, subjugada e reprimida pelo próprio indivíduo, mas que mostra a real personalidade. O prêmio Nobel de literatura (1934) Luigi Pirandello (1867-1936) na obra “Um, nenhum e cem mil”, explora a dicotomia entre a percepção dos outros e a própria, até a personagem principal desmoronar na negação da sua própria identidade por não saber quem efetivamente é.

    Pois, na medida em que o indivíduo têm muitas máscaras ou é visto de forma diferente por CEM MIL pessoas (social), não é UM (individual), e no final NENHUMA (negação) identidade o representa. “Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão”. (Carl Gustav Jung, em “A Prática da Psicoterapia”). É dizer, a verdadeira luz da consciência nasce iluminando a escuridão inconsciente e não iluminando a luz do dia (consciência). É passando pelas trevas que se encontra o caminho da vida. Portanto, a sombra é o arquétipo que mais se conecta com a consciência e que traz sentimento de culpa quando não for acolhida como parte indissolúvel da personalidade.

    A sombra

    A sombra representa os Angelos e Demônios, monstros e santos, fragilidades e forças, medos e audácias, defeitos e dons, ciúmes, raivas e paixões. Segundo Raffaele Morelli, na sombra afundam as raízes, as características peculiares, dons, talentos e inclinações mais primordiais do Ser.

    Reconocer o lado escuro, dar-lhe espaço, não subjugá-lo, mostrar disponibilidade para acolher as energias mais ocultas, abre o caminho da felicidade. Pois, muitas crises e traumas nascem porque resistimos, porque não conseguimos acolher, entender e decifrar os pedidos e as mensagens da alma e nos acostumamos a viver e vestir no conforto de uma identidade social, rígida e engessada (máscara).

    Segundo Grinberg, a dor da consciência de conviver com estes sentimentos doloroso e a incapacidade de se confrontar com a própria sombra produz alguns mecanismos de defesa do ego (projeção, negação e repressão) que atuam para dissociar a consciência da sombra, mas que tem um custo alto para pagar (culpa, ansiedade, depressão e diversos sintomas corporais, além de falta de realização individual). Assim o indivíduo é cindido em dois, luz e sombra, num dualismo dialético e bipolar do humor, da personalidade e do caráter sem encontrar a síntese, a reunificação e a re-pacificação.

    Conclusão sobre o arquétipo da máscara

    Arquétipo da máscara e a sombra podem ser pensadas como um Eclipse Solar, quando a luz do sol por algum mistério do Universo é totalmente encoberto pela sombra da Lua. O Eclipse acontece quando a luz do dia é encoberta pela escuridão da noite. O resultado é o perfeito alinhamento entre Sol, Lua e Terra. Entre a personagem ELE (sombra) e a personagem EU (máscara) travasse uma luta psíquica, sutil, silenciosa e não declarada, cujo resultado exerce um poder sobre o domínio e a direção da mente, da vida e da saúde de cada pessoa. Alguém um dia disse: as pessoas são como livros, algumas te enganam com uma bela capa (Máscara), outras te surpreendem com o conteúdo (Sombra).

    Ter cura, encontrar a cura dos males psíquicos que afetam a pessoa, não significa derrotar o mal ou a dor, mas ter cuidado, atenção, acolher as energias desconhecidas, os desafetos e as pulsões que têm o potencial de alumbrar a autenticidade da existência. Assim como uma flor de lótus que afunda suas raízes na lama, na água sombria, na noite escura, mas que brota e aflora na superfície a mais bela flor, a luz do dia. De acordo com CARL GUSTAV JUNG, VIVER é isso, é buscar a TOTALIDADE, NÃO A PERFEIÇÃO, é conseguir juntar, harmonizar, equilibrar e RE-PACIFICAR o EU e o ELE, a luz e a sombra da personalidade. Pois, no dizer de Jung o maior desafio da existência é iluminar nossa escuridão.

    Nas palavras de Freud, é tornar consciente o inconsciente. Em definitiva, para encontrar o autêntico tesouro de Pandora é preciso valorizar e resgatar aquele amigo secreto que nos acompanha desde os primórdios da existência, o Ser que busca a totalidade, que mergulha sem medo na Sombra, e têm coragem para abrir o cofre e deixar aflorar todas as emoções. Porque a indissolúvel riqueza da humanidade é aquela que contempla a dor e a esperança, a luz e a enigmática sombra do Ser.

    O presente artigo foi escrito por Marco Bonatti. Nasceu na Itália, naturalizou-se brasileiro, reside no Brasil em Fortaleza/CE (e-mail: [email protected] facebook: [email protected]), possui doutorado PhD em Psicologia Social – UK – Buenos Aires, Argentina; Graduação em Filosofia FCF/UECE – Fortaleza, Brasil; Pós graduação em relações internacionais, Valencia, Espanha; Graduação em língua francesa na Sorbonne, Paris, França; Atualmente é Psicanalista Clínico em formação e colunista no IBPC/SP (Instituto Brasileiro Psicanálise Clínica).

    11 thoughts on “Arquétipo da máscara e sombra para Carl Jung

    1. eliziária Freitas dos Santos Cunha disse:

      Artigo perfeito, fazendo comparação dos deuses gregos da sombra e da máscara, trazendo-os para a vida do indivíduo, no cotidiano sobre a luz da psicanálise. muitíssimo bom. adorei.

      1. Marco Bonatti disse:

        MARCO BONATTI
        Sou doutor PhD em Psicologia Social na UK de Buenos Aires; Analista Reichiano do Corpo e do Caráter; Psicanalista Clínico e colunista no IBPC de SP.
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    2. Marco Bonatti disse:

      Obrigadooo Eliziaria Freitas, lhe convido TMB a ler os outros artigos publicados no IBPC. Marco Bonatti

    3. Renata Barros disse:

      Parabéns pelo belíssimo texto!. Considero Jung muito além de Freud, pela sua capacidade de enxergar o Homem enquanto ser, inteiramente humano e natural….essa realmente é uma visão humanista do ser.

      1. Marco Bonatti disse:

        Obrigado Renata Barros para deixar seu comentário. M.b.

    4. Claudio marozzi disse:

      <Bastante intuitiva quanto inevitável a associação feita pelo Dr. Bonatti entre as evocações do mito e o arquétipo junguiano. Se o mito não é uma simples fábula, mas uma alusão analogica/metafórica às origens de toda civilização, então ele pode ser recuperado em chave psicanalítica, pelo menos na perspectiva original de C.G. Jung, segundo a qual existe uma profunda raiz comum a todas as formas de cultura e, portanto, da psique humana.

      O Dr. Bonatti então reexamina em chave analítica o antigo mito de Pandora, enviado por Zeus para espalhar dor e esperança entre os homens ao mesmo tempo. A caixa de Pandora é uma metáfora da alma humana, que cada um de nós deve ter a coragem de abrir para se conhecer a fundo. É, afirma Bonatti, um conhecido difícil e cansativo, mas saudável. É lá, no fundo, que a Sombra se encontra, nossa personalidade mais verdadeira em toda a sua multiformidade contraditória.

      Este artigo, realmente intrigante e complexo, contrasta a Sombra com a Máscara, chegando mesmo a incorporar no discurso, entre as várias e pertinentes citações, até mesmo a teoria pirandelliana (Um não cem mil), mais uma prova de que certos temas abrangem uma pluralidade de disciplinas (como por exemplo as artes figurativas).

      E, portanto, o longo caminho sinuoso de Bonatti nos leva finalmente a identificar o Id (o mundo dos impulsos livres e instintivos) com a Sombra e o Ego (o sujeito que confronta a sociedade) com a Máscara.

      Qual é então a tarefa da psicanálise?
      <>.
      Um texto muito articulado e brilhante, que joga com associações às vezes surpreendentes, mas sempre coerentes e aderentes ao tema.>

      Prof. Cláudio Marozzi

      1. Marco Bonatti disse:

        Obrigado Professor Cláudio, pela ótima resenha. Você identificou perfeitamente o corpo e a alma do artigo. M.b.

    5. Marco Bonatti disse:

      Bom dia, se você ficou interessado (a) no meu artigo e gostaria me acompanhar no meu canal gratuito de Autoterapia no Telegram, baixe o aplicativo e digite: https://t.me/DrMarcoBonatti

    6. Mizael Carvalho disse:

      Parabéns pelo trabalho! O arquétipo da máscara é um assunto muito atual. Numa época que só se fala em pandemia,que usar máscara era obrigatório, agora mesmo com o fim da obrigatoriedade, grande parte da população continua usando. As pessoas não se conhecem mais, a máscara passou a fazer parte de seus corpos. Exs. Se estão de frente ao espelho, estão de máscara, se tiram fotos estão de máscara… As pessoas estão mentalmente doentes!

    7. Marco Bonatti disse:
    8. Ana Kássia Ramos disse:

      Continuando a fase de Carl Jung, “… É enfrentando a própria escuridão que retomamos a nossa liberdade” . Mas por vezes não queremos lidar com o peso da consciência nos tornando presumidos nos afirmando e apoiando-nos na ilusão de que somos muito bons e irrepreensíveis. Muito bom o artigo; nos trás a sensação de que ao ancorar nossos aspectos que estão no inconsciente, nos tornaremos mais completos, acordados, mais reais. Belíssima, importante e explicativa contribuição obrigada!!!

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